sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

SAIBA QUEM FOI CHICO EVANGELISTA : INTEGRANTE DO PIONEIRO E DO REGUE BRASILEIRO

O compositor baiano Chico Evangelista, 65, morreu nesta terça-feira (21) em Salvador, após problemas decorrentes de insuficiência renal.

Pioneiro do reggae no Brasil com o disco "Bahia Jamaica" (1979), Chico integrou também o Arembepe na década de 1970, que misturava uma série de influências de um grupo de jovens que absorvia muito do que ouvia em festas populares e nas ruas de Salvador -- ouça abaixo um pouco da banda para sacar melhor o que nascia ali.

O grupo, que gravou com João Donato e Wilson das Neves e tinha como admiradores Gal Costa e Gil, voltou a ser conhecido recentemente por meio de reprensagens de álbuns antigos pelo selo paulistano Somatória do Barulho-- cujo fundador conheceu a banda por meio de uma coletânea britânica ( saiba mais sobre essa história).

Em setembro passado, eles estiveram no Red Bull Studio São Paulo gravando um álbum inédito com músicas apresentadas em shows décadas atrás. Capitaneado pelo produtor Caio Beraldo, do selo acima, o projeto inclui também um documentário.

Quem foi Chico Evangelista
Compositor baiano, Chico foi parceiro de Carlos Lima, com quem formou o Arembepe na década de 1970. Junto a Dinho Nascimento e Kiko Tupinambá, fizeram shows, gravaram dois discos, conheceram muita gente, mudaram-se para o Rio e enfrentaram perrengues em São Paulo.

"Dodói do suingue", como se denominou em entrevista, Chico sempre com um ponto de vista otimista. “A gente morava na Vila Madalena, eu adorava porque achava que ia encontrar o mar ali, aquelas ruas todas. Eu achava misterioso. E aí comecei a chamar todo mundo pra morar lá”, lembrou ele.

Em 1979, mais distante do grupo, foi premiado no festival da TV Tupi pela música "Reggae da Independência" (parceria com Carlos Lima e Antônio Risério). Na sequência, lançou um álbum junto ao também compositor Jorge Alfredo chamado "Bahia Jamaica" -- a dupla havia se tornado conhecida nacionalmente com a faixa "Rasta-Pé", apresentada no festival MPB80. Hoje cultuado, o disco é considerado o pioneiro do reggae no Brasil e teve faixas regravadas por Margareth Menezes e Paulinho Boca de Cantor.

Pra sentir um pouco da sonoridade que Evangelista já trabalhava quase quatro décadas atrás, e pra relembrar o artista, ouça abaixo uma das canções do álbum e fique de olho: o projeto do disco e filme do Arembepe irá contar melhor essa história importante da música brasileira em breve.

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