Por volta de 1900
a.C., um novo processo de invasão territorial dizimou a dominação dos sumérios
e acádios na região mesopotâmica. Dessa vez, os amoritas, povo oriundo da
região sul do deserto árabe, fundaram uma nova civilização que tinha a
Babilônia como sua cidade principal. Somente no século XVIII o rei babilônico
Hamurábi conseguiu pacificar a região e instituir o Primeiro Império
Babilônico.
Sob o seu comando, a
cidade da Babilônia se transformou em um dos mais prósperos e importantes
centros urbanos de toda a Antiguidade. Tal importância pode até mesmo ser
conferida na Bíblia, onde ocorre uma longa menção ao zigurate de Babel,
construído em homenagem ao deus Marduk. De fato, são várias as construções,
estátuas e obras que nos remetem aos tempos áureos desta civilização.
Além de promover a
unificação dos territórios mesopotâmicos, o rei Hamurábi também foi
imprescindível na elaboração do mais antigo código de leis escrito do mundo. O
chamado Código de Hamurábi era conhecido por seus vários artigos que tratavam
de crimes domésticos, comerciais, o direito de herança, falsas acusações e
preservação das propriedades.
A inspiração
necessária para que esse conjunto de leis escritas fosse elaborado repousa na
antiga Lei de Talião, que privilegia o princípio do “olho por olho, dente por
dente”. Apesar desta influência, as distinções presentes na sociedade
babilônica também eram levadas em consideração. Com isso, o rigor das punições
dirigidas a um escravo não era o mesmo imposto a um comerciante.
Mesmo promovendo
tantas conquistas e construindo um Estado bastante organizado, os babilônicos
não conseguiram resistir a uma onda de invasões que aconteceu após o governo de
Hamurábi. Ao mesmo tempo em que os hititas e cassitas tomavam parcelas do
domínio babilônico, outras revoltas que se desenvolviam internamente acabaram
abrindo espaço para a hegemonia dos reinos rivais.
Entre os anos de 1300
e 600 a.C., os mesopotâmicos assistiram a dominação assíria, marcada pela
violência de sua poderosa engrenagem militar. Por volta de 612 a.C., a
sublevação dos povos dominados e a ação invasora dos amoritas e caldeus
instituíram o fim do Império Assírio e a organização do Segundo Império
Babilônico, também conhecido como Império Neobabilônico.
Nesse novo contexto,
podemos destacar a ação do Imperador Nabucodonosor, que reinou entre os anos de
612 e 539 a.C.. Durante o seu governo, a civilização babilônica vivenciou o auge
do desenvolvimento arquitetônico, representado pela construção das muralhas que
protegiam a cidade, os luxuosos palácios e os Jardins Suspensos da Babilônia,
admirado como uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.
O regime de
Nabucodonosor também ficou conhecido pelo estabelecimento de novas conquistas
territoriais, entre as quais se destacam a região sul da Palestina e as
fronteiras setentrionais do Egito. Após este governo, os domínios babilônicos
foram paulatinamente conquistados pelos persas, que eram comandados pela batuta
política e militar do rei Ciro I. (Por Rainer Sousa)
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