O que é Infecção
Urinária?
Chama-se infecção
urinária o quadro de infecção que ocorre no sistema urinário (rins, bexiga,
uretra e ureteres), na Medicina é conhecida por Infecção do Trato Urinário
(ITU). Ocorre pela presença anormal de micro-organismos nessa região, a
bactéria mais comum que causa a infecção urinária é a Escherichia coli. Qual profissional devo procurar?
O profissional
responsável por diagnosticar a infecção urinária é o nefrologista, que trata
das doenças do trato urinário. Contudo, o clínico geral pode resolver a maioria
dos casos. O médico poderá solicitar alguns exames para conseguir diagnosticar
a infecção urinária, desde um exame comum de urina até uma citoscopia,
dependendo do caso do paciente.
Como identificar?
O médico
diagnosticará a infecção urinária a partir dos resultados de alguns exames. São
eles:
Exame de urina:
É analisada a
quantidade de bactérias presentes na urina. Se o resultado for superior a 100
mil bactérias por mililitro a infecção é dada como positiva. É o tipo de
bactéria encontrada nesse exame que determinará qual o tipo de tratamento ou
antibiótico será receitado.
Exame de cultura de
urina (urocultura):
É o exame que
complementa o resultado do exame de urina.
Citoscopia:
Analisa as partes
internas da bexiga e da uretra, responsável por identificar a causa da
infecção.
Exame de imagem
(tomografia, ultrassom de abdômen e da pelve, urografia excretora e
cintilografia renal):
Quando o médico
desconfia de possíveis anormalidades no trato urinário.
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O que causa?
A infecção é causada
quando uma bactéria entra no sistema urinário do indivíduo, por meio da uretra
e, assim, começa a se multiplicar na bexiga. É função do trato urinário expelir
organismos estranhos do corpo, mas quando essas defesas apresentam falhas, a
bactéria fica mais forte, aumentando a sua quantidade, e causando a infecção.
Porém, as causas
variam conforme o local em que ocorre a infecção. As mais comuns se devem à
relação sexual e à presença de bactérias no trato gastrointestinal, que chegam
até a bexiga pela via ascendente da região perineal. A infecção ocorrer pela
circulação sanguínea é um caso raro.
Pessoas que tem a
uretra menor são as mais propícias a desenvolverem a infecção urinária. Por
isso na maioria dos casos as vítimas são mulheres, porque o caminho que a
bactéria percorre até a bexiga é menor. Vida sexualmente ativa auxilia a
infecção, principalmente a vaginal, uso de espermicida e alguns contraceptivos,
além de casos de pedras no rim e aumento da próstata (pois bloqueiam o trato
urinário), sistema imunológico suprimido e o uso de catéter para urinar.
Quais os tipos de
infecção urinária?
São mais comuns os
tipos que atingem a bexiga e a uretra, no caso a cistite e a uretrite. Veja a
seguir.
Infecção na bexiga
(cistite) ou infecção urinária baixa: ocorre quando a infecção atinge a bexiga.
Infecção na uretra
(uretrite): ocorre quando a infecção atinge o rim, é a que possui os sintomas
mais severos.
Infecção nos rins
(pielonefrite): atinge um ou os dois rins, sua gravidade é semelhante à
pneumonia, que se não tratada pode levar à falência múltipla dos órgãos.
Bacteriuria
assintomática: causada pela proliferação bacteriana na urina. Cerca de 20% das
gestantes que não a tratam correm o risco de desenvolver uma pielonefrite
aguda.
Quais os sintomas?
O principal sintoma
da infecção urinária é a ardência ao urinar, também conhecida como disúria.
Conheça outros sintomas a seguir.
Urgência para urinar,
mesmo depois de ter acabado de sair do banheiro.
Maior frequência para
urinar (polaciúria).
Dor suprapúbica
(ardência ao urinar).
Sangue no término da
micção (sintoma mais raro).
Alteração da cor da
urina, sua coloração fica mais escura e algumas vezes com odor forte.
Dor no reto e
pélvica.
Urinar mais de uma
vez à noite (noctúria).
Sensação de que a
bexiga não esvaziou completamente.
Os sintomas variam de
acordo com o tipo de infecção, nos casos mais graves o paciente pode sentir mal
estar, dores na coluna e/ou febre.
Infecção urinária tem
cura?
Sim. Porém, é preciso
que o paciente realize todos os exames e siga corretamente todo o tratamento,
para que a infecção não avance mais, pois pode atingir outras regiões (órgãos
vitais como os rins) e tornar-se grave, podendo desenvolver uma pielonefrite.
Como tratar?
O tratamento depende
para cada tipo e avanço da infecção urinária. O mais comum é feito por
antibióticos, que tem ação rápida na cura, e também analgésico que alivia a dor
e a ardência ao urinar, este último não trata, só traz conforto.
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Remédios para
infecção urinária
Como existem vários
tipos de infecção urinária, os medicamentos também são inúmeros, dependendo de
cada caso, são alguns deles:
Amicacina.
Amoxicilina +
Clavulanato de Potássio.
Amoxicilina.
Androfloxin.
Bactrim.
Ceclor.
Cefaclor.
Cefadroxila.
Cefalexina.
Cefalotina.
Ceftriaxona.
Cetoprofeno.
Ciprofloxacino.
Cefanaxil.
Cipro.
Clocef.
Clordox.
Cystex.
Doxiciclina.
Hincomox.
Monuril.
Nitrofen.
Norfloxacino.
Quinoform.
Para aliviar a
ardência, normalmente é indicado o Pyridium.
A infecção urinária
também pode ser combatida e prevenida com remédios caseiros, chás são
essenciais, eis alguns que auxiliam no tratamento da infecção:
Alfazema.
Aroeira.
Cabelo de milho.
Camomila (também
usada para fazer o banho de assento).
Carqueja.
Folha de abacateiro.
Quebra-pedra.
Salsa.
Vara de ouro.
Atenção!
NUNCA se automedique
ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente
ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais
indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm
apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as
orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo
de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem,
procure orientação médica ou farmacêutica.
Infecção urinária na
gravidez existe?
Sim. É importante
saber que nas mulheres a infecção urinária é mais comum devido à uretra ser
mais curta e mais próxima do ânus, assim o risco torna-se maior porque o local
é rico em bactérias provenientes das fezes. Além de ser comum na mulher, também
é comum nas gestantes e é considerada a terceira intercorrência clínica do
período gestacional.
A pielonefrite (que
ocorre nos rins) pode ser aguda ou crônica se não tratada durante a gravidez e
até causar um parto prematuro. Veja a seguir.
Pielonefrite aguda:
Ocorre em 2% das
gestantes, geralmente no último trimestre, comprometendo muito o estado geral
da gravidez, tendo como sintomas: febre, calafrio, dor lombar intensa, náuseas
e vômitos. O trabalho de parto pode ser desencadeado devido ao aumento das
contrações uterinas. pode causar aborto, trabalho de parto prematuro,
hipertensão arterial, óbito fetal e no caso das infecções severas generalizadas
até o óbito da mãe e do feto. A maioria desse tipo de infecção provém depois
das infecções bacterianas assintomáticas. Geralmente esta ocorre em 4% a 7% das
gestantes, mulheres com diabetes tem maior risco, em torno de 12 a 14% e as que
já tiveram o caso antes de engravidar é de 18 a 20%. Contudo, a maioria
torna-se sintomática até o fim da gestação.
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Pielonefrite crônica:
Acontece por causa de
infecções renais que já ocorreram e deixaram lesões ou cicatrizes nos rins.
Este tipo não costuma apresentar sintomas, mas o nota-se devido ao aumento da
pressão arterial, alterando o estado de saúde da gestante e do feto.
O bebê pode ter infecção
urinária?
Sim. Ocorre em 8% no
sexo feminino e 2% no masculino. Em crianças de até 2 anos, o risco de sofrer
sequelas graves é maior do que nas mais velhas, por isso a importância de se
diagnosticar o quanto antes. Os sintomas nas crianças são mais difíceis de perceber,
mas normalmente ocorre febre acompanhada de:
Choro ou reclamação
ao urinar (no momento que a criança chorar ou reclamar, coloque a mão sobre a
fralda, para sentir se ela está urinando no momento).
Cheiro forte na urina
ou presença de sangue nela.
Irritabilidade sem
motivo.
Vômito.
Falta de apetite.
Emagrecimento ou
dificuldade para ganhar peso.
Refluxo em bebês,
ocorre em 30% a 40% dos casos.
O exame normalmente
realizado é a urocultura, mas como no caso de adultos, o médico pode pedir
outros, de acordo com o tipo da infecção. Para prevenir, o ideal é amamentar e
fazer com que a criança beba bastante líquido.
Sou homem, posso ter
infecção urinária?
Apesar de menos
comum, sim. Nos homens, é mais frequente com mais de 50 anos, pois a glândula
da próstata pode ter o seu tamanho aumentado (hiperplasia benigna da próstata)
e bloquear o fluxo da urina a partir da bexiga. A pouca ingestão de líquidos, o
esvaziamento incompleto da bexiga e pouco frequente também contribuem para o
desenvolvimento de uma infecção urinária no homem.
Como prevenir? É
transmissível?
É transmissível,
mesmo que pouco frequente, pode-se contrair a infecção urinária por meio da
relação sexual. O germe responsável pela transmissão é conhecido por clamídia
(considerada DST), que compromete a via urinária e sexual, podendo desenvolver
infecções mais graves.
Para prevenir a
infecção urinária, os cuidados são básicos. Confira a seguir.
Beba muito líquido,
principalmente água. Durante o tratamento isso pode aumentar a dor, mas é
preciso, pois o líquido vai eliminar mais rápido as bactérias e diluir a urina.
A alta ingestão de água é responsável pela cura de 80% dos casos.
Evite bebidas com
cafeína, alcoólicas, cítricas e gaseificadas. Elas causam irritações à bexiga.
Urine depois das
relações sexuais para esvaziar a bexiga.
Prefira absorventes
externos e os troque cada vez que for ao banheiro.
Evite o uso de
produtos perfumados na região genital.
Evite roupas íntimas
apertadas.
Não segure a urina.
Evite o uso de
espermicidas.
Se não tratada, a
infecção urinária pode acometer todo o trato urinário, independente da faixa
etária e sexo do paciente. Contudo, as mulheres, após a menopausa, ficam mais
propensas do que antes a desenvolverem uma infecção urinária. Não deixe de
beber muito líquido e cuidar da sua imunidade.
Compartilhe as suas
dúvidas conosco e consulte sempre o seu médico.
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