quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Defensoria Pública terá plantão durante o Carnaval

Violência doméstica e casos de discriminação e injúria racial são questões que terão um tratamento especial pela Defensoria Pública do Estado (DPE) durante o período de plantão do órgão no Carnaval 2018. Essa é a 11º vez que a DPE realizará atendimento aos cidadãos, foliões ou não. Os atendimentos serão realizados na sede do órgão, no bairro do Canela (rua Pedro Lessa).

O plantão começa nesta quinta-feira, 8, às 15h. Nos outros dias serão realizados atendimentos das 9h às 21h. E na Quarta-feira de Cinzas, das 9h às 15h. A equipe de atendimento será formada por 42 defensores públicos e 52 servidores.

Para dinamizar o atendimento, sábado e domingo, uma unidade móvel estará no Terreiro de Jesus, no Centro Histórico. Segunda e terça-feira, a unidade estará em Ondina. O número especial de atendimento da defensoria pública durante o carnaval é 71 3117-0511 ou 99913-9108.

Os serviços oferecidos serão nas áreas de infância e juventude, violência contra a mulher e contra o idoso, saúde, consumidor, criminal e combate a violação de direitos humanos.

Durante o atendimento, o cidadão poderá solicitar serviços como liminares, se necessário no caso de intervenções de urgência e emergência; o acompanhamento das pessoas presas em flagrante e orientação jurídica.

Os bairros que receberão programação do carnaval também serão alcançados pela Defensoria Pública, que realizará visitas itinerantes a postos policiais, delegacias, centros de convivência para crianças e adolescentes e outros lugares de abrigamento provisório.

A DPE estará presente em postos fixos na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), no Centro Integrado da Infância e no Núcleo de Prisão em Flagrante. Nestes núcleo, o atendimento será das 8h às 19h.

A coordenadora do núcleo da infância e juventude do órgão, Gisele Aguiar, destaca que a Carnaval é, "infelizmente", momento de muitos direitos violados, trabalho infantil e abuso sexual “Estaremos a postos para atender a população. Também teremos um defensor em tempo integral para evitar internações desnecessárias de adolescentes e para se verificar se houve violência institucional”, diz Gisele.

O Defensor Público Geral do Estado, Cleriston Cavalcante de Macêdo, conta que houve uma mudança das demandas ao longo dos últimos onze anos de atendimento da Defensoria Pública no Carnaval.

“Começamos fazendo atendimentos na área criminal, depois área de saúde e internamento. O perfil foi mudando à medida que as pessoas começaram a demonstrar o quanto os direitos estavam sendo violados. Ano passado, houve uma observação do número crescente de violência doméstica no circuito do carnaval e antes era notificado como briga de circuito, e não comopessoas com relação afetiva. Às vezes, a violência realizada em casa é levada para a avenida”, explica.

* Sob a supervisão do jornalista Luiz Lasserre  ( A TARDE)

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