O suposto
desmatamento irregular do bambuzal do aeroporto de Salvador foi destaque na
mídia baiana na manhã deste sábado (20). Fontes do Governo ouvidas pelo BNews
disseram o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) seguiu
rigorosamente todos os critérios legais e que a Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Urbano (Sedur) "está politizando uma questão
técnica".
A Sedur alegou que, a
CCR Metrô Bahia, empresa responsável pelas obras e gestão do metrô de Salvador,
pediu uma autorização ao Inema, para cortar o bambuzal, entretanto, segundo a
secretaria, compete ao município a concessão de licenças para estas atividades.
Ao site, o Inema
informou que “é competência do órgão licenciar toda a obra do metrô já que se
trata de limites entre dois municípios”, e ressalta que “participou do
licenciamento desde início de toda a obra do sistema metroviário. Além disso, é
exigência do órgão que seja feita toda a compensação ambiental necessária”.
Fontes do Estado
ainda afirmaram que o titular da Sedur, Sérgio Guanabara, responsável por
autuar a obra do metrô, “é o mesmo que entope a cidade de placas publicitárias
da prefeitura e proíbe as do governo”.
A polêmica começou
depois que a Sedur divulgou nota para imprensa informando que a CCR foi
notificada por fiscais, na manhã deste sábado (20), por suposto desmatamento
irregular do bambuzal do aeroporto. A CCR Metrô foi autuada e multada pela
supressão de parte da vegetação do local. O valor da multa pode chegar a R$ 5
milhões.
Também por meio de
nota, a CCR disse que todas as obras na região do aeroporto estão devidamente
licenciadas por órgãos competentes. Sobre a notificação, a concessionária
informou que as obras na região foram suspensas temporariamente e que vai
avaliar o teor do auto para responder ao órgão competente dentro do prazo
estabelecido.
Ainda segundo a CCR,
as intervenções relacionadas à poda de touceiras na Avenida Tenente Frederico
Gustavo dos Santos (a via do "Bambuzal" do aeroporto) - sentido
Salvador - acontecerão apenas em pontos de sua margem esquerda, na altura do
acesso à Travessa Santos Dumont, mais conhecida como Rua das Locadoras, e estão
de acordo com licença expedida pelo Inema.
O Governo do Estado
também se manifestou sobre o fato. A administração estadual explicou que apenas
partes das moitas de 11 touceiras do bambuzal, inclusive em uma área que já
está degradada, estão sendo retiradas para permitir a circulação dos ônibus que
farão a conexão entre a estação de metrô Aeroporto e o terminal aeroportuário
de Salvador. Segundo o Governo, não se trata do bambuzal de maior extensão e
relevância.
A nota do governo
estadual ainda informa que, conforme preveem os estudos ambientais para o
pedido de licenciamento, a compensação ambiental será realizada com o plantio
de árvores nativas em Área de Preservação Permanente (APP) do Rio Ipitanga,
próximo à Estação Aeroporto.
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