Após a série de
explosões simultâneas em três igrejas e três hotéis de luxo no Sri Lanka, que
provocou a morte de mais de 200 pessoas neste domingo, 21, a polícia prendeu
oito suspeitos. Todos são moradores do país, porém as autoridades supõem que
também haja conexões com o estrangeiro, informou o chefe de governo Ranil
Wickremesinghe.
Segundo balanços
iniciais, entre os mortos no total de oito atentados há pelo menos 32
estrangeiros de oito países – Bélgica, China, Estados Unidos, Índia, Holanda,
Portugal, Reino Unido e Turquia. No mínimo, 470 pessoas ficaram feridas.
Segundo as
autoridades cingalesas, os primeiros seis ataques ocorreram por volta das 8h45
(horário local, 2h30 em Brasília). No momento das explosões, os templos
católicos estavam celebrando o Domingo da Ressureição, uma das datas mais
importantes do calendário cristão.
A capital, Colombo,
foi alvo de pelo menos quatro explosões: em três hotéis de luxo e numa igreja.
As outras duas igrejas atingidas ficam em Negombo, no oeste do país (região que
abriga uma grande população católica); e em Batticaloa, no leste.
Poucas horas depois
das seis explosões simultâneas iniciais, foram registrados mais dois atentados.
Uma explosão atingiu um pequeno hotel em Dehiwala, um subúrbio de Colombo. Mais
uma explosão foi registrada em Dematagoda, outro subúrbio da capital, e atingiu
uma residência.
Sete pessoas foram
presas por suspeita de participação nos ataques. Segundo a rede BBC, o governo
disse que a maioria das explosões foi provocada por terroristas suicidas.
O governo informou
que as escolas do país não devem funcionar até a próxima quarta-feira (24).
Todos os policiais que estavam de folga foram convocados.
O ministro das
Finanças do país, Mangala Samaraweera, disse que os ataques são uma tentativa
de empurrar o Sri Lanka, mais uma vez, para uma situação de violência, tal como
ocorreu na longa guerra civil que castigou o país entre os anos 1980 e 2000.
Segundo ele, as explosões foram “uma tentativa diabólica de criar tensões
religiosas e raciais no país novamente, justo quando estamos nos recuperando de
uma longa guerra que destruiu o tecido da nossa nação por quase 30 anos”.
Agência Brasil | Foto: Ishara S. Kodikara | AFP
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