sexta-feira, 3 de julho de 2020

Mãe e padrasto são presos após criança de nove anos denunciar abuso: ‘não sinta nojo de mim’




Um casal surdo foi preso suspeito de abusar de uma menina de apenas nove anos na cidade de Contagem, em Minas Gerais. A mulher é mãe da criança e o homem é padrasto. O caso, divulgado pela polícia nesta quinta-feira (2), ocorria há quatro anos.


A menina pediu socorro através de um áudio de WhatsApp enviado a uma tia paterna. Na gravação, ela implora para que não sintam nojo dela por causa dos abusos. 


A polícia começou a investigação no dia 19 de junho, um dia após o áudio ser enviado pela garota. Apesar de viver com o pai, a criança sempre passava dias com a mãe. Na casa, vivia também uma menina de dois anos, irmã da vítima por parte materna. Com medo de a caçula ser abusada, ela resolveu denunciar.


"Inicialmente, familiares da vítima nos procuraram na delegacia de Contagem contando que ela era abusada desde os 5 anos e tinha contado que era por parte da mãe e do padrasto. No áudio para a tia, a menina pedia para que acreditassem nela e que não a achassem nojenta. E a maior preocupação dela era com a irmã, o que poderia acontecer já que a vítima não mora com a mãe", contou a delegada Mellina Clemente.


O casal está junto há seis anos. A família mora em um imóvel de um quarto e todos dormiam próximos. A mãe negou o abuso no momento da prisão e tentou culpar parentes do pai da menina. No entanto, o padrasto confessou.


"A mãe praticava diretamente os abusos, masturbava a criança e incentivava o companheiro a praticar os atos. Eles também mantinham relações sexuais com a criança. Foi uma das oitivas mais difíceis de se fazer até mesmo pelo que o padrasto relatava. O intérprete tem muita experiência em libras, a gente fazia a pergunta para ele, ele reportava para os investigados e depois nos dava a resposta", explicou a policial.


A criança receberá acompanhamento psicológico. Já o casal foi levado à prisão e responderá pelos crimes de estupro de vulnerável e satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente (quando a relação sexual é praticada na frente de menores de idade), segundo o portal O Tempo. Há ainda o agravante pelo fato de os acusados serem mãe e padrasto da menina.



BOCÃO NEWS 

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