segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Bolsonaro exalta luta contra 'comunismo' e diz que país não 'aceitaria ser submisso'

 


Em pronunciamento em cadeia nacional de rede e televisão, o presidente Jair Bolsonaro adotou um tom ameno para exaltar o Dia da Independência nesta segunda-feira (7). A fala foi permeada por conceitos comuns da historiografia oficial, porém conteve também trechos de uma visão pró-regime militar de 1964.

 

"O Brasil disse ao mundo que não aceitaria ser submisso a qualquer nação", afirmou Bolsonaro, numa referência ao 7 de setembro de 1822, quando D. Pedro I declarou o país independente de Portugal. O presidente ainda ressaltou que a identidade nacional "começou a ser desenhada" a partir da miscigenação entre índios, brancos e negros, e com a chegada dos imigrantes no final do século XIX, que passaram por um processo de "assimilação e respeito" que resultou na cultura brasileira atual.

 

O trecho mais "delicado" do pronunciamento foi a referência ao momento pré-golpe de 1964, tratado sob o viés do militarismo, em que o regime militar foi importante para lutar contra a ameaça do "comunismo" da década de 1960. Bolsonaro tratou a Marcha pela Família, indiretamente, como um movimento popular de apoio à ditadura, que duraria até 1985.

 

Apesar das controvérsias sobre essa visão pró-golpe, Bolsonaro usou o pronunciamento para "reafirmar compromisso com democracia e liberdade", colocando a Constituição como guia da administração.



BN

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