O técnico Roger Machado não resistiu à pressão e caiu após a derrota tricolor de nesta quarta-feira, 2, num baile do Flamengo em Pituaçu: 5 a 3. Apesar do placar, o domínio foi todo do Rubro-Negro, que passeou diante da atrapalhada equipe do treinador gaúcho.
A queda já era anunciada, pois, na segunda-feira, o presidente Guilherme Bellintani havia feito um pronunciamento nas redes sociais no qual avisava que Roger iria para o duelo com o Fla, mas ponderava a insatisfação da diretoria e deixava claro que logo tudo poderia mudar.
O revés fez com que o Tricolor chegasse ao quarto jogo seguido sem vencer no Brasileirão e caísse para a 12º posição. Sem tempo para se lamentar, o Esquadrão volta a campo no domingo, no Beira-Rio, contra o líder, Internacional. Enquanto não vem o anúncio do novo comandante, o time será liderado pelo auxiliar Cláudio Prates.
Chuva de gols
As equipes começaram a partida em sintonias completamente diferentes. Logo nos primeiros segundos de jogo, a defesa do Bahia cochilou e Pedro rolou para Everton Ribeiro finalizar com perigo à meta do goleiro do Esquadrão. Na reposição, Lucas Fonseca e Anderson bateram cabeça novamente e Pedro, de carrinho, abriu o placar.
O Urubu marcava por pressão e dificultava a progressão do Bahia, que cometia muitos erros na saída de bola. Aos quatro minutos, Gilberto até tentou arriscar de fora da área, mas mandou fraco e sem perigo para o goleiro Gabriel Batista. Quem assustava mesmo era o Fla, que, antes de ampliar, chegou a colocar uma bola trave.
A situação do Bahia era sufocante, enquanto o quarteto ofensivo rubro-negro, com Everton Ribeiro, Arrascaeta, Pedro Rocha e Pedro, demonstrava grande entrosamento. Em uma dessas subidas, aos 16 minutos, Pedro recebeu e bateu no contrapé de Anderson, a bola ainda tocou nas duas traves antes de morrer no fundo da rede.
Poucos pareciam ser os momentos de lucidez do Bahia. No entanto, aos 31 minutos, quando o Esquadrão parecia não demonstrar sinais vitais, o time executou uma trama ofensiva pelo lado direito e Rodriguinho concluiu com qualidade, no ângulo de Gabriel Batista, para diminuir. Porém, antes que desse tempo para comemorar, o Fla fez uma troca de passes de cinema e Isla serviu para Arrascaeta empurrar de peixinho aos 36.
Antes do intervalo, o Bahia ainda conseguiu seu segundo gol. Aos 41, Nino Paraíba cruzou no segundo pau, o goleiro Gabriel Batista falhou e entregou um presente para Élber, que tocou no cantinho.
Apesar da chuva de gols e das claras deficiências do lado tricolor, Roger não mudou para a etapa final. E foi castigado logo aos dois minutos, quando Everton Ribeiro deu um belo drible e chutou por cima de Anderson. Três minutos depois, Arrascaeta e Pedro Rocha tabelaram pela esquerda e o uruguaio marcou o quinto.
Tinha virado passeio. Três gols atrás no placar, Roger decidiu mudar. O técnico tirou Zeca e Rossi para colocar Juninho Capixaba e Marco Antônio. De nada adiantou. O Bahia e Roger Machado pareciam frustrados, e o time não esboçava poder de reação.
O técnico ainda tentou mexer três vezes de uma vez só, tirando Elton, Rodriguinho e Gilberto para colocar Edson, Jadson e Saldanha. Antes do fim do jogo, aos 44, Daniel ainda marcou um belo gol e deu números finais.
Nem de longe serviu para aliviar a crise que se alastra pelo Tricolor, agora em busca de um novo comandante.
Sob supervisão do editor Daniel Dórea
A TARDE
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