Nove rodadas. Um
triunfo, um empate e dolorosas sete derrotas. Retrospecto que enchia os
corações rubro-negros de amargura e deixava a pergunta: como não cair para a
Terceirona? Pois os jogadores do Vitória já começaram a dar uma resposta
minimamente convincente na Série B. É possível, com luta. Das últimas três
partidas, o time venceu duas, ambas usando a força mágica do Barradão. Neste
sábado, 27, a vítima foi a Ponte Preta, concorrente ao acesso para a elite
nacional: 2 a 1.
A reação começou no
triunfo por 2 a 0 sobre o Criciúma, nove dias atrás. Depois, o time largou bem,
vencendo o Londrina fora de casa, mas terminou levando a virada: 3 a 1. Neste
sábado, viveu emoção oposta. Saiu perdendo para a Macaca, mas mostrou força
para acabar à frente no marcador.
O resultado não
serviu para tirar o Vitória da zona de rebaixamento, mas valeu a renovação da
esperança e o salto de uma posição. A equipe saiu do 18º para o 17º lugar. Na
próxima terça-feira, 30, visita o Figueirense às 19h15, já com chance de deixar
o Z-4.
Início ruim
O jogo começou
esquisito para o Vitória. Com menos de um minuto de bola rolando, o atacante
Anselmo Ramon levou cartão amarelo por atingir o rosto do adversário com o
braço. A partida acontecia debaixo de chuva e tinha domínio da Ponte Preta, que
já havia criado duas chances claras de gol e tinha 65% de posse de bola até
abrir o placar, aos 12 minutos.
Fez-se valer a lei do
ex por meio da cabeça do centroavante Roger, que, impedido, completou para as
redes um cruzamento de Diego Renan, também com passagem pelo Leão. Pouco antes,
em outras jogadas pelo alto, o mesmo Roger já havia acertado a trave e Airton
tinha perdido chance com a meta à disposição.
Como ter esperança
numa reviravolta? A Macaca tocava a bola de um lado para o outro, enquanto o
Vitória não conseguia fazer nada além de assistir. Porém, ao contrário do que
aconteceu em outras partidas, os comandados de Osmar Loss mantiveram o
equilíbrio e não saíram do jogo. Mesmo sem apresentar grande futebol, esperaram
as oportunidades apareceram e mostraram eficiência.
Aos 37 minutos, em
cobrança de falta da intermediária, Chiquinho soltou o pé canhoto para vencer o
goleiro Ivan. O gol fez o Leão perceber que a superação era possível e, logo
aos 41, chegou à virada. Após bola roubada no meio-campo, Felipe Gedoz tabelou
com Anselmo Ramon e chutou no cantinho. Delírio dos homens de fé que foram ao
Barradão.
Num surto inesperado
de infalibilidade, o time terminou a primeira etapa com duas finalizações no
alvo, e ambas balançaram a rede.
Daniel Dórea e Daniel Genonadio* A TARDE
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