quinta-feira, 25 de julho de 2019

Familiares esperam justiça contra Policial Militar que matou morador do bairro de Pirajá em 2015






Na próxima sexta-feira, dia 26, será realizado o Tribunal do Júri do PM Daniel Leite dos Santos, acusado de matar um homem e ferir duas pessoas com armas de fogo, no dia 12 de julho de 2015, no bairro de Pirajá, em Salvador. Daniel Leite foi denunciado pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe, por ter utilizado meio cruel ou que possa resultar perigo comum, e mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima.

O denunciado efetuou disparos de armas de fogo contra as vítimas Antônio Carlos Costa Alcântara, Andreia Tatiana da Silva Calmon e Francisco Portela Ferreira Neto, causando as lesões que resultaram na morte da primeira vítima. Segundo consta na denúncia, a motivação do crime decorreu do sentimento de vingança do denunciado, por ter presenciado uma briga envolvendo um dos seus amigos. O Júri será realizado pelo promotor de Justiça Antônio Luciano Silva Assis.

Dois júris foram suspensos desde o dia , os familiares aguardam que a verdadeira justiça seja feita, após quatro anos de espera.

O Ocorrido

Na época, o então rodoviário e também vítima, Francisco Portela, comentou a atitude do PM:

"O vizinho estava sendo espancado por uns cinco rapazes. Puxei ele e ainda falei com um dos agressores: 'ô, rapaz, eu conheço, é meu vizinho'. Aí foi na hora que o policial veio, puxou a arma e botou em minha cara. Eu levantei as mãos e, quando levantei as mãos, ele me deu um murro. Quando eu tomei o murro, caí desmaiado já. Quando eu caí, ele me deu um tiro. Sorte que passou de raspão na cabeça", descreveu a vítima.

O autor dos disparos, Daniel Leite dos Santos, na época com 37 anos e tenente do Batalhão Especializado de Policiamento de Eventos (Bepe), estava no evento acompanhado da namorada, que teria sido paquerada por alguém no local, de acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O tenente se irritou e iniciou uma briga, que acabou se tornando generalizada. Durante a confusão, Daniel atirou na direção de um grupo, atingido Antonio Carlos Costa Alcântara, na época com 42 anos. Ele foi alvejado nas costas, e chegou a ser socorrido por uma viatura da Polícia Militar para o Hospital do Subúrbio.

No entanto, Antonio Carlos não resistiu aos ferimentos e morreu após dar entrada na unidade de sáude. Durante a confusão, outras duas pessoas também ficaram feridas - uma mulher de 41 anos, identificada como Andreia Tatiana da Silva Calmon, e Francisco Portela Ferreira Neto, 28 anos.

Andreia foi baleada na perna, enquanto Francisco foi agredido com socos e coronhadas. Ainda segundo o DHPP, as vítimas foram socorridas também para Hospital do Subúrbio. 

O tenente da PM foi preso e apresentado na sede do DHPP, onde teve a arma apreendida e foi autuado em flagrante. Daniel foi encaminhado para a Corregedoria da Polícia Militar, onde foi ouvido e posteriormente encaminhado para o Batalhão de Polícia de Choque de Lauro de Freitas.

Informe Pirajá
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