No quarto dia de
manifestações dos caminhoneiros, os transtornos seguiram em todo o Brasil.
Entre eles, a falta de produtos no Centro de Abastecimento (Ceasa) de Simões
Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), que já está causando a falta
de alimentos e a alta repentina dos preços que atingem consumidores e
comerciantes.
“Apesar de ser
favorável ao protesto, é preciso entender que é uma situação mais complexa e
que não vai se resolver de uma hora para outra. Por conta disso, os preços já
subiram e, alguns casos, o valor cobrado chegou a dobrar, já que os
caminhoneiros não conseguem chegar nas feiras para abastecer. É preciso existir
um consenso”, afirmou Júnior Alves, filho de comerciantes da Ceasa, em Simões
Filho.
Para o comerciante
Josias de Jesus, a falta de produto segue prejudicando as vendas. “Eu vendo
abacaxi e melão. Hoje, deu para trabalhar, mas tive que aumentar os preços e os
consumidores já estão reclamando. Esperança em Deus que as coisas melhorem”,
afirmou.
Estoque
Apesar de não
aumentar os valor dos produtos, o comerciante Joselito, conhecido como Miúdo do
Abacaxi, afirmou que as mercadorias estão acabando e não vai ter mais o que
vender. “Eu mantive o preço, e vendo abacaxi graúdo por R$2,50 e, médio, por R$
1,50, mas a mercadoria está acabando e quando isso acontecer, não vai ter mais
o que vender”, disse.
Além dos
comerciantes, os consumidores, também, reclamam pela alta repentina de preços.
“Eu vim aqui comprar, mas acabei desistindo. Tudo caro”, afirmou Andreia
Oliveira. De acordo com ela, a medida que os produtos estão acabando, os preços
estão subindo. “O cento do milho era R$40 e, agora, R$ 60. Está tudo está subi
ndo”, garante ela.
Para o comerciante
Jean Fortunato, a expectativa é que o movimento piore nos próximos dias. “O
movimento está fraco. Amanhã, deve ser mais ainda. Não tem mercadoria e a
tendência é que o preço aumente mais ainda, caso a mobilização continue”,
afirmou o comerciante.
A TARDE
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