sexta-feira, 25 de maio de 2018

Preços na Ceasa sobem com falta de abastecimento




No quarto dia de manifestações dos caminhoneiros, os transtornos seguiram em todo o Brasil. Entre eles, a falta de produtos no Centro de Abastecimento (Ceasa) de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), que já está causando a falta de alimentos e a alta repentina dos preços que atingem consumidores e comerciantes.

“Apesar de ser favorável ao protesto, é preciso entender que é uma situação mais complexa e que não vai se resolver de uma hora para outra. Por conta disso, os preços já subiram e, alguns casos, o valor cobrado chegou a dobrar, já que os caminhoneiros não conseguem chegar nas feiras para abastecer. É preciso existir um consenso”, afirmou Júnior Alves, filho de comerciantes da Ceasa, em Simões Filho.

Para o comerciante Josias de Jesus, a falta de produto segue prejudicando as vendas. “Eu vendo abacaxi e melão. Hoje, deu para trabalhar, mas tive que aumentar os preços e os consumidores já estão reclamando. Esperança em Deus que as coisas melhorem”, afirmou.

Estoque

Apesar de não aumentar os valor dos produtos, o comerciante Joselito, conhecido como Miúdo do Abacaxi, afirmou que as mercadorias estão acabando e não vai ter mais o que vender. “Eu mantive o preço, e vendo abacaxi graúdo por R$2,50 e, médio, por R$ 1,50, mas a mercadoria está acabando e quando isso acontecer, não vai ter mais o que vender”, disse.

Além dos comerciantes, os consumidores, também, reclamam pela alta repentina de preços. “Eu vim aqui comprar, mas acabei desistindo. Tudo caro”, afirmou Andreia Oliveira. De acordo com ela, a medida que os produtos estão acabando, os preços estão subindo. “O cento do milho era R$40 e, agora, R$ 60. Está tudo está subi ndo”, garante ela.

Para o comerciante Jean Fortunato, a expectativa é que o movimento piore nos próximos dias. “O movimento está fraco. Amanhã, deve ser mais ainda. Não tem mercadoria e a tendência é que o preço aumente mais ainda, caso a mobilização continue”, afirmou o comerciante.



 A TARDE

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