Vivemos em uma
sociedade repleta de desigualdades, explorações, ausência de oportunidades e
muita carência. Com a implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente –
ECA, percebemos ao longo desse período um avanço no que se refere aos direitos
e deveres dos nossos jovens. Mas infelizmente, devido às limitações econômicas
e a falta de informações, muitas famílias se veem obrigadas a expor seus filhos
em atividades para auxiliar as despesas da casa.
Muitos pais acham
normal ver seus filhos vendendo produtos, carregando materiais ou exercendo
quaisquer outras atividades dessa natureza. Segundo muitos, é melhor ver seus filhos
trabalhando do que vê-los se drogando ou roubando, que o trabalho dignifica o
homem e essa prática deve ser feita desde cedo para estimulá-los a serem
adultos trabalhadores. Mas onde fica a infância dos jovens ao meio desse
processo? Que histórias irão contar futuramente a seus filhos? Será que o
rendimento escolar, aliado com as atividades financeiras, terá um resultado
satisfatório?
A legislação proíbe o
trabalho a menores de 14 anos. A partir dos 14 anos o trabalho é permitido na
condição de aprendiz, em atividade relacionada à sua qualificação profissional.
Um grande número de pais tem conhecimento a cerca do assunto, mas a consciência
ainda precisa ser exercitada. Assim como um dia esses pais se viram ajudando
nas despesas em casa, os filhos também devem repetir esse ciclo, assim pensam.
A exploração aumenta
principalmente nos períodos festivos, onde os pais levam seus filhos para
ajuda-los nas atividades referentes ao sustento familiar. Além disso, terceiros
também se aproveitam da situação para fazer uso do trabalho infanto-juvenil,
pois é uma mão de obra barata, sem vínculos empregatícios e de fácil
manipulação.
Acredito que a
educação seja ainda a forma mais eficaz de combater todos esses transtornos,
causados por uma massa de pessoas desinformadas e sem consciência. Por essa
razão, trabalhei em sala todo o contexto desse tema, através de vídeos, fotos,
textos reflexivos, dinâmicas de grupos e o desfecho foi uma culminância
promovida com um debate ilustrado por uma oficina de cartazes, onde os alunos
puderam expor as suas opiniões pessoais e também explicar o que eles entenderam
a cerca do assunto abordado.
Espero que com esse
trabalho, os alunos possam ter entendido a essência do assunto e possam
aproveitar as informações para suas respectivas vidas e futuramente também
colaborando para a erradicação da exploração do trabalho infantil.
FUNDAÇÃO TELEFÔNICA BRASIL
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