quinta-feira, 31 de maio de 2018

Simples ato de lavar as mãos previne até 40% dos casos de contaminação



De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o hábito de lavar as mãos pode reduzir aproximadamente 40% da contaminação por bactérias e vírus, que causam doenças como gripe, conjuntivite e outras viroses.

A prática é tão importante que foi adotada pela OMS como uma bandeira de combate à infecção hospitalar.

Devido ao alto potencial de propagação de doenças virais e bacterianas, em que as mãos são as principais vias de transmissão, placas com lembretes para a higienização das mãos nas proximidades de banheiros e pias é lei desde 2014 na cidade de São Paulo.

Uma das consequências da má higienização das mãos é o contágio por bactérias multirresistentes. Atualmente, cerca de meio milhão de pessoas pelo mundo sofrem de infecções por bactérias resistentes a antibióticos.

No Brasil, de acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cerca de 25% das infecções são causadas por micro-organismos multirresistentes, isto é, aqueles que se tornam imunes à ação dos antibióticos.

Quando as bactérias se tornam resistentes aos remédios, praticamente não restam alternativas de tratamento, por isso o uso indiscriminado de antibióticos pode ser considerado um problema de saúde pública.

“A utilização inadequada de antibióticos gera consequências para a população de um modo geral, seja com o aumento dos custos associados ao tratamento, como também o risco da população contrair esta mesma bactéria multirresistente”, alerta o farmacêutico Anderson de Oliveira, da Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental (a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Estima-se que até 2050, caso nada seja feito, tais bactérias poderão matar anualmente cerca de 10 milhões de pessoas no mundo - número maior que a mortalidade por câncer, que atingirá cerca de 8,2 milhões por ano anualmente.

Mais importante

“A higienização das mãos é uma prática tradicional e, isoladamente, é o fator mais importante na prevenção das infecções. Por mais que tenhamos tecnologia e antibióticos potentes, nada vai impedir que uma bactéria passe de um paciente para outro se não fizermos a higienização correta das mãos”, defende Evaldo Stanislau Affonso de Araújo, médico da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas e Responsável pelo Programa de Stewardship da Fundação São Francisco Xavier.

As infecções relacionadas com a assistência à saúde afetam mundialmente centenas de milhões de pessoas e têm um impacto econômico significativo nos sistemas de saúde, segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde. Em países desenvolvidos, representam de 5% a 10% das internações em hospitais de cuidados agudos. Nos países em desenvolvimento, o risco é de duas a 20 vezes superior e a proporção de pacientes com esse tipo de infecção pode exceder 25%

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comunicação Web

Pedreiro morre após cair do segundo andar de prédio na Bahia.

Um pedreiro de 35 anos morreu depois de cair do segundo andar de um prédio onde trabalhava, na tarde desta terça-feira, em Ipirá, cidade a c...