A eructação, mais
comumente chamada de arroto, é o ato de expulsar o ar do estômago ou esôfago
através da boca e, habitualmente, é um processo fisiológico. Em toda
deglutição, junto à saliva, bebida ou comida, entra uma pequena quantidade de
ar no trato digestivo. Ocorre geralmente como uma resposta à distensão gástrica
após as refeições. Esta distensão leva a um relaxamento transitório do
esfíncter inferior do esôfago (o músculo que ao ficar contraído impede o
refluxo do conteúdo do estômago para o esôfago), permitindo que o ar vá para o
esôfago e então seja expulso pela boca. Dessa forma, evita-se a passagem de
quantidade excessiva de ar para o intestino.
A eructação só é
considerada uma doença quando se torna muito frequente e incomoda o paciente. A
principal causa de eructação excessiva é a eructação supragástrica, na qual o
ar, que é puxado para o esôfago pela contração do diafragma e relaxamento do
esfíncter esofagiano superior, é imediatamente liberado, sem chegar ao
estômago. Geralmente está associado a fatores como ansiedade, transtorno
obsessivo-compulsivo, bulimia e outras alterações do sistema nervoso central.
Outra causa comum de
eructação é a doença do refluxo gastroesofágico, além de síndrome dispéptica,
doença ulcerosa péptica, gastroparesia, gastrite, esofagite, neoplasia e
acalásia, mas nesses casos habitualmente a eructação é apenas um entre vários
sintomas apresentados. A presença de emagrecimento, pirose, dor abdominal,
vômitos, regurgitação, febre e anemia são sinais de alerta para doenças
orgânicas e indicam a necessidade de avaliação por um médico.
O tratamento da
eructação supragástrica envolve reconhecer o problema e, em casos selecionados,
ser avaliado por psiquiatra ou psicólogo. Por fim, um médico deve ser
consultado se a eructação for muito frequente e causar incômodo ou se houver a
presença dos sinais de alarme descritos acima.
A prevenção é feita
evitando tabagismo, estresse emocional, bebidas gaseificadas, chicletes, balas
e alimentos de difícil digestão, que retardem o esvaziamento gástrico, ou que
relaxem o esfíncter esofagiano inferior, como alimentos gordurosos, menta e
chocolate. As refeições devem ser feitas com calma e sem conversar.
FONTE: Escrito por Leonardo Peixoto
FONTE: Escrito por Leonardo Peixoto
Gastroenterologia - CRM 780553/RJ
Por Especialistas - Em 5/9/2016
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