quarta-feira, 2 de maio de 2018

Feira de Santana: Sem vaga em UTI, homem com síndrome de Guillain-Barré é tratado em enfermaria





Feira de Santana: Sem vaga em UTI, homem com síndrome de Guillain-Barré é tratado em enfermaria
02/05/2018 15:58
Feira de Santana: Sem vaga em UTI, homem com síndrome de Guillain-Barré é tratado em enfermaria
Paciente está internado em estado grave em Feira de Santana (Foto: Reprodução/TV Bahia)

Um homem de 53 anos, diagnósticado com síndrome de Guillain-Barré, está internado há 15 dias na enfermaria do Hospital Dom Pedro de Alcântara, em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador. O paciente, que tem estado grave, deveria estar em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para receber o tratamento adequado. A síndrome de Guillain-Barré é uma doença neurológica que causa fraqueza muscular e paralisia nos membros superiores e inferiores - braços e pernas. Alguns casos ocorrem após a pessoa contrair o vírus da zika - doença transmitida pelo mosquito aedes aegypti. O tratamento é realizado com doses de imunoglobulina, e é preciso muito cuidado com o paciente, por isso a necessidade da UTI. Valdemir de Jesus Santos foi internado no dia 18 de abril. Não se sabe se o paciente teve zika antes de ter a síndrome. O Hospital Dom Pedro de Alcântara é mantido pela Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana, e atende pacientes da cidade e de mais 72 municípios. A unidade tem 145 leitos, incluindo 12 de UTI. No entanto, todos estão ocupados. "Ele está em coma induzido, sedado, porque sente muitas dores. E perdeu os movimentos, perdeu a fala. O estado dele é gravíssimo. Todos os dias, desde que ele foi internado, não se acha vaga na UTI", contou Iraildes Gonçalves, cunhada de Valdemir. O paciente já começou o tratamento para a síndrome, mas, até esta terça-feira (2), ainda não havia sido transferido para uma UTI. De acordo com a família, o homem já recebeu 5 doses do medicamento. "Vieram 21 doses. Ele já tomou [5], mas ainda não está no local adequado. Nem em uma sala vermelha, nem em uma UTI", disse Iraildes Gonçalves. Em nota, o hospital informou que a sala de enfermaria foi adaptada para que o paciente seja atendido, e que ele está recebendo toda a assistência necessária. A direção do hospital também informou que todos os leitos de UTI estão ocupados, mas que está tentando fazer a regulação para que o paciente seja transferido para outra unidade. A reportagem entrou com contato com Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), responsável pela regulação, para saber se há algum prazo pra que ocorra a transferência do paciente. No entanto, não houve retorno até esta publicação.




(G1 Bahia)

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