Pilares do setor
defensivo rubro-negro, Kanu e Willian Farias reuniam no seu retorno
sincronizado à equipe – o primeiro após suspensão e o segundo depois de
recuperar-se de grave lesão – as maiores esperanças da torcida de ver o Vitória
se tornar um time mais confiável na retaguarda.
Por enquanto, essa
expectativa está sendo mais que frustrada. Nos três primeiros jogos pelo
Brasileirão, com os dois como titulares, o Leão somou apenas um ponto e está
dentro da zona de rebaixamento, na 17ª colocação. Com a derrota de
segunda-feira, por 2 a 1, contra o América-MG, o time chegou a seis gols
sofridos, tendo a segunda defesa mais vazada da competição – só o lanterna
Paraná, com sete, levou mais.
A média de dois
tentos sofridos por partida é ainda maior do que o número geral em 2018. E ele
não é nada razoável. O Vitória foi vazado 34 vezes nos 28 confrontos que
realizou na temporada – média de 1,2. Apenas o Vasco, entre os 20 times que
disputam a Série A, possui uma defesa mais vulnerável, tendo visto suas redes balançarem
em 35 ocasiões nos 25 jogos que fez no ano (confira na lista acima os números
dos demais).
Como a volta de peças
importantes não foi suficiente para aliviar o problema, o clube segue em busca
de reforço para esse e outros setores. Já acertou recentemente com o lateral
direito Jeferson, emprestado pela Ponte Preta, e o zagueiro Aderllan, vindo do
São Paulo e também com contrato até o fim do ano.
Outros nomes devem
aparecer em breve. E o técnico Vagner Mancini foi instigado a falar sobre o
assunto na entrevista coletiva após o revés diante do Coelho. “Todo treinador
pede reforços, mas não perdemos o jogo por falta de reforços. Perdemos o jogo
porque houve desconcentração. Vamos supor que tivéssemos dois zagueiros novos,
dois laterais novos, um goleiro novo, dois volantes novos. Se eles errassem,
nós perderíamos da mesma maneira. Muitas vezes o que é oferecido no mercado não
interessa porque ou o atleta não serve ou não tem o suporte financeiro. Volto a
dizer: todo time precisa de reforços”, afirmou.
Sobre os novatos no
setor, Aderllan já treina no Barradão, mas ainda não tem sua situação
regularizada – e, por conta disso, ainda nem foi anunciado oficialmente pela
diretoria. Por outro lado, Jeferson está à disposição, mas, de acordo com
Mancini, não vem sendo utilizado porque não pode atuar pela Copa do Brasil –
torneio no qual já defendeu a Ponte. É que o treinador não quer alterar sua
equipe sem poder lhe dar sequência.
Um pouco de descanso
Segundo time que mais
atuou em 2018 – entre as equipes da elite nacional – o Vitória finalmente terá
uma semana para descansar e treinar para corrigir os erros.
O grupo desembarca em
Salvador hoje pela manhã, retornando de Minas, e será liberado em seguida. Às
9h de amanhã, começa a trabalhar visando ao duelo com o Fluminense, domingo, no
Barradão, pela Série A.
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