Estupros começaram no segundo semestre de 2014
Rafael Ribeiro
Este é segundo caso de abuso sexual envolvendo pai e filha em menos de 15 dias. No dia 28 de maio um homem de 38 anos foi preso porque estuprava e agredia a filha de 14 anos há cinco anos. A garota procurou a polícia no dia 21, ao lado da mãe, de quem havia sido afastada pela Justiça, por sofrer maus-tratos, omissão e negligência.
Nesta segunda-feira um homem, que na teve o nome revelado, foi preso pelo mesmo crime. Ele estava desaparecido desde 2015. Segundo delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), a investigação descobriu que ele fazia bico em um supermercado na região do Jardim Carioca (zona oeste da Capital), onde foi capturado.
"Desde que o ocorrido veio à tona ele sumiu. Desapareceu do endereço, nunca mais visitou familiares", disse Lauretto.
O caso - Os estupros começaram no segundo semestre. Na ocasião, a jovem, então com 13 anos, brigou com a mãe, de 35, que resolveu lhe contar a identidade do verdadeiro pai.
"Até então, a jovem acreditava que seu pai era na verdade o padrasto com quem morava", explicou o delegado.
A adolescente foi então morar com o pai no Jardim Aeroporto (zona oeste), mas logo o que seria um exemplo de figura paterna deu lugar aos abusos e a uma criminosa relação amorosa já que ambos viviam sozinhos no imóvel.
"A menina se apaixonou pelo próprio pai, confusa com a situação. Não reconhecia nele algo paterno e achava que a situação era correta", completou Lauretto.
O caso só foi descoberto quando a mãe, estranhando a mudança de comportamento da adolescente, flagrou as mensagens trocadas entre vítima e acusado no celular e decidiu procurar a Depca.
O representante comercial foi indiciado por estupro de vulnerável e a adolescente voltou a morar com a mãe após o ocorrido, onde vive desde então.
Após sua prisão, ele será encaminhado para a Vara da Infância e Juventude de Campo Grande, onde prestará depoimento formal e o inquérito será formalmente concluído.
Nas poucas palavras que concedeu aos policiais, o acusado negou o crime e alegou que tudo "não passa de armação da mãe."fonte campo grande News.
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