O vídeo mostra a mulher sendo abordada pelos policiais de maneira agressiva. No chão, ela é algemada. Um dos policiais ainda afasta um homem que tenta se aproximar. As pessoas que presenciam a cena, muitas filmando, vaiam a ação da PM. "Tira o pé da barriga dela", pede uma mulher. "Brutalidade", grita outro. Quando ela vai sendo retirada, alguém pergunta se não tem nenhum advogado no local para auxiliar. Ela então grita: "Eu sou advogada, p... Ele vai se lascar". A confusão começou quando um rapaz tentou usar o banheiro da loja de conveniência, mas um funcionário informou que ele não poderia fazer isso por não ter consumido nada no local. "Ela se prontificou a pagar qualquer coisa para que ele usasse o banheiro, porém um dos empregados disse que não ia deixar ele usar o banheiro, porque já estava tendo confusão naquele lugar e que já tinha chamado a polícia", relatou ao CORREIO o advogado Roberto João Starteri Filho, que acompanhou o caso.
Ainda segundo Starteri, com a chegada da polícia, Eduarda se apresentou como advogada para tentar mediar a situação. "Os policiais a jogaram no chão, subiram em cima do corpo dela, e também a algemaram", relatou. Eduarda foi levada para a Central de Flagrantes, onde o caso foi registrado.
Injúria racialEm nota, a assessoria da Polícia Militar conta outra versão para a história. Segundo a corporação, os policiais foram acionados para atender uma ocorrência de ameaça a um funcionário do posto de gasolina, porque os clientes queriam usar um banheiro que estava interditado. "Os clientes tentaram agredir o funcionário fisicamente e proferiram palavras de cunho racista", diz a nota da PM.
Ainda segundo o comunicado, no local, "a guarnição flagrou dois clientes bem exaltados e a mulher deu um tapa em um dos policiais militares e proferiu palavras de baixo calão contra ele. Ela foi contida com o uso de algemas para preservar sua própria integridade e, em seguida, levada à Central de Flagrantes".
O advogado Roberto João Starteri Filho negou que Eduarda tenha agredido alguém. "Ela me disse que não agrediu nenhum policial, e no depoimento ela disse que não agrediu policial e que não proferiu palavra de baixo calão", afirmou.
A advogada passou por exames no Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues após sair da Central de Flagrantes, e nesta segunda-feira (12) foi novamente ao hospital fazer exames. "Depois, ela foi levada para a delegacia de flagrantes, foi no IML fazer o exame de corpo de delito. E hoje foi fazer exames particulares, porque ela me disse que não conseguiu nem dormir de dor", contou Starteri.
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, a advogada foi indiciada por injúria racial ao funcionário do posto de gasolina e por desacato a um policial da 11ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Barra).
Ainda segundo a Polícia Civil, Eduarda não fez nenhum registro de agressão contra os policiais militares, mas recebeu uma guia para fazer os exames de lesão corporal. O caso será investigado pela 14ª Delegacia (Barra). Segundo a titular, Carmen Dolores Bittencourt, o processo foi encaminhado para a unidade na tarde desta segunda. "Recebi o inquérito, ela (advogada) foi acusada de injúria racial. Vou intimar as testemunhas e solicitar as imagens do circuito interno do posto e da loja", explica.FONTE:COREIO 24 HORAS.
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