Bandos identificados: A Secretaria estadual da Segurança Pública (SSP) informou que as delegacias das cidades onde há registro de casos já estão trabalhando em conjunto na investigação dos furtos de animais, e que algumas quadrilhas já foram identificadas. Na semana passada, o secretário da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa, recebeu representantes da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e determinou às unidades policiais maior celeridade nas investigações. A SSP informou que as delegacias “logo devem apresentar relatório com a situação das ocorrências registradas, bem como o resultado das ações policiais”. Assessor jurídico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faeb), Carlos Bahia confirmou o agravamento da situação no Recôncavo. Segundo ele, a entidade, que representa os produtores baianos, tem participado de reuniões para tratar do assunto, juntamente com a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) e vítimas de abigeatários, e providências estão sendo tomadas para reduzir as ocorrências. “Também temos realizado encontros com os produtores rurais e orientado as vítimas na adoção das medidas policiais e judiciais cabíveis”, afirmou. O deputado estadual Eduardo Salles (PP), da Comissão de Meio Ambiente da AL-BA, que cobra mais rapidez nas investigações, disse que outras regiões também estão sendo alvo de roubos de gado. “No momento, os fatos mais graves estão ocorrendo no Recôncavo, mas nas regiões Oeste, Sudoeste e Sul esses crimes vêm ocorrendo sempre, sem que ninguém seja preso. Há casos de roubo de produção de café e até de trator”, afirmou Salles, que é ex-secretário da Agricultura. Nenhum representante da pasta foi localizado para comentar o assunto.
Na calada da noite: A polícia informou que para transportar o gado de forma escondida, os ladrões usam caminhões-baú e agem sempre à noite. O animal, geralmente, é abatido e a carne vendida para açougues, mas a polícia investiga também se o gado está sendo levado para frigoríficos, já que há registros de furtos entre 11 e 35 cabeças de gado de uma vez só.“É certo que, para dar fim de forma rápida a essas grandes quantias de cabeças de gado, os ladrões precisam ter já antes os locais para onde eles serão levados e abatidos, já que não é algo fácil de se esconder por muito tempo. Não descartamos a possibilidade de haver frigoríficos envolvidos nesses crimes”, disse o delegado Rafael Almeida Oliveira, da 3ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), em Santo Amaro, onde houve o registro de 57 furtos de gado nos últimos dois meses. Sem se identificar, um criador de gado da cidade contou que, há duas semanas, ele teve 15 cabeças de gado furtadas da fazenda, onde estão outros 100 animais. (Correio)
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