O diretor geral da Aneel, Romeu Rufino, admite que deve
abrir uma audiência pública para reavaliar o instrumento da bandeira tarifária.
Atualmente, a metodologia considera o valor do Custo Marginal de Operação (CMO)
para o próximo mês, mas o executivo considera que esse valor é muito volátil e
defende que também seja considerado o nível de armazenamento.
"É o que mais importa, olhando para o futuro, qual é de
fato a condição de atendimento da carga". Segundo Rufino, isso poderia
evitar uma bandeira verde como a observada em meados do ano, quando já se
esperava uma hidrologia desfavorável durante o período seco e um forte consumo
dos reservatórios. A nova metodologia, disse ele, deve entrar em vigor no ano
que vem.
A Aneel afirma que a receita proveniente das cobranças
adicionais de bandeiras tarifárias não serão suficientes para cobrir os custos
extraordinários com o risco hidrológico
e a geração termelétrica que se observa neste ano, o que tende a
influenciar os reajustes tarifários do próximo ano.
Somente entre janeiro e agosto de 2017, o risco hidrológico
já custou R$ 7,6 bilhões, segundo levantamento feito pela TR Soluções, com base
em números divulgados pela Aneel, e a tendência é de um crescimento expressivo
nos meses sucessivos, tendo em vista a piora do cenário hídrico e a consequente
elevação dos preços da energia no curto prazo.
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