Nascida no interior de São Paulo, ela trabalhou em diversas novelas, entre elas "Irmãos coragem" (1970), "Selva de pedra" (1972) e "Os ossos do barão" (1973), quando ganhou o troféu de melhor atriz da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).
Um de seus primeiros papéis na TV Globo, onde entrou a convite de Boni, foi em "A grande mentira", em que viveu uma vilã. Segundo a própria atriz, foi o seu maior trabalho na televisão.
Seu último ano ativo na TV foi em 2006, quando participou de "Pé na Jaca", "Páginas da vida", "Cobras & lagartos" e "Linha direta".
Neuza Amaral também teve atuação política, chegando a se eleger vereadora no Rio, nos anos 1990.
Ela estreou no cinema em 1967, em "A lei do cão", de Jece Valadão. A partir daí, apareceria em mais de 20 títulos, entre eles "Pra frente, Brasil" (1982), de Roberto Farias, "As duas faces da moeda" (1969), de Domingos Oliveira, e "O que é isso, companheiro?" (1997), de Bruno Barreto.
Ao longo da carreira, que começou em 1953, a atriz participou de 50 produções, entre novelas, séries e especiais e 16 peças teatrais. Além de trabalhos de locução, apresentação e interpretação no rádio, antes de sua chegada à televisão.
Um caso curioso da sua carreira aconteceu em 1975, durante a participação da novela “Bravo!”, de Janete Clair:
“A única atriz no mundo que fez cirurgia plástica no ar fui eu. Todo mundo perguntava: ‘Mas você quis?’ Eu dizia: ‘Olha, eu ia namorar um rapaz jovem, queria fazer uma cirurgia para ficar emparelhada com ele’. Eu sugeri: ‘Janete, se você me enrola toda a cara e põe bandagem, quando tirar, vou ter a mesma cara. Por que não fazemos uma plástica?’ ‘Você não acha ruim, não?’, ela quis saber. ‘Eu não. E ainda vou ganhar uma cirurgia. Duas vantagens, porque vou ser a primeira do mundo, numa novela de Janete Clair. Você documenta isso e, se eu morrer na operação, será um documento da morte de Neuza Amaral’, argumentei. Janete Clair resolveu fazer, e assim foi feito”, divertiu-se ela, ao relembrar o caso durante entrevista para o Memória Globo, em 2009.
Em 2008, ela lançou sua autobiografia, intitulada “Deixa comigo”, cuja renda foi revertida para o Lar de São Francisco, asilo de idosos de Araruama, onde morava na ocasião. Neuza nasceu em São José dos Barreiros, em São Paulo, no primeiro dia de agosto de 1930.
No início dos anos 2000, mudou-se para Araruama, onde foi convidada pela prefeitura para ser a controladora-geral da Cultura do município.
“Fiz melhorias fantásticas no teatro, piso de granito, às custas do meu bolso. Transformei a biblioteca, etiquetando 30 mil livros. As pessoas têm muito respeito por mim”, ressaltou ela, na ocasião da entrevista, que acrescentou ainda: “Interpretar é ter arte no sangue. Eu amo tanto a minha profissão”.FONTE GLOBO. COM
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