De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela é responsável por 10% dos casos de cegueira irreversível do mundo. A estimativa do Conselho Brasileiro de Oftalmologia é que de 2% a 3% da população brasileira acima de 40 anos possam ter o glaucoma.Foto/Reprodução
O glaucoma é causado por lesão do nervo óptico e é relacionado à alta pressão do olho, a doença pode causar sérias alterações no campo visual. “Ela destrói o nervo óptico, mata as células. É uma doença progressiva e existem variantes dela”, explica o médico oftalmologista José Herculano.
Marcela Lira, que já tem miopia, conta que descobriu a doença ainda quando estava em um “pré-glaucoma” e que isso dificulta a possibilidade dela fazer a cirurgia corretiva para deixar de usar óculos.
“Fui avisada do ‘pré-glaucoma’ e o médico me passou um colírio, mas confesso que não faço corretamente o uso dele. O que sinto às vezes é a pálpebra tremendo e dor de cabeça, mas também por conta da miopia, acho. Tenho vontade de fazer a cirurgia refrativa pra corrigir a miopia, mas com a pressão, o médico me disse seria ruim porque não teria como medir a pressão do olho. Por conta disso fui meio que impedida de fazer. Vou ter de usar óculo pelo resto da vida ou espero o aval dele para fazer a cirurgia”, conta.
O médico José Herculano explica que o “pré-glaucoma” é mais uma expressão utilizada por alguns médicos para explicar aos leigos sobre a possibilidade deles adquirirem a doença. “Não é um termo técnico. Alguns colegas falam isso para facilitar a explicação ao paciente. Isso quer dizer que ele tem ali situações que favorecem, mas não quer dizer que ele vai ter a doença”, diz.
Fatores como pressão intraocular elevada, idade acima dos 60 anos ou acima dos 40 anos, histórico familiar, diabetes, problemas cardíacos, hipertensão, hipertireoidismo, deslocamento de retina e inflamações e uso por muito tempo de medicamentos à base de corticosteroides, podem contribuir para o desenvolvimento de glaucoma que pode levar a cegueira, se não tratados.
“A família da minha mãe toda tem”, diz Marcela. “O componente genético é um importante indicativo também. Mas é interessante que exista um acompanhamento para que se descubra o glaucoma cedo. Devido essa falta de acompanhamento, muitas vezes só se percebe em fase já avançada. Não existe cura, mas existe um controle dela”, completa o médico . fonte saudecia.
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