O Ministério da Saúde
iniciou hoje (4) uma campanha publicitária para impulsionar a vacinação de
adolescentes contra o HPV. A convocação tem como alvo 20,6 milhões de meninas
de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Eles devem ir aos postos de saúde
para se imunizar pela primeira vez ou tomar a segunda dose da vacina e
completar a proteção contra o HPV.
O vírus HPV
(Papilomavírus Humanos) é sexualmente transmissível e infecta pele e mucosas da
boca ou das áreas genital e anal provocando verrugas e diferentes tipos de
cânceres em homens e mulheres (cólo do útero, anal, pênis, vagina, orofaringe).
Segundo o ministério,
cerca de 30% dos tumores provocados por vírus no mundo são causados pelo HPV.
Para esta nova etapa
da campanha, foram investidos R$ 567 milhões para adquirir 14 milhões de
vacinas. Na etapa anterior, mais de 63% das meninas de 9 a 14 anos já foram
imunizadas com a primeira dose e 41% das crianças receberam a segunda dose.
No caso dos meninos,
cerca de 2,6 milhões receberam a primeira dose (35,7% do público-alvo), e 911
mil (13%) já receberam a segunda dose.
Duas doses
O Ministério da Saúde
alerta que a cobertura contra o HPV só está completa com as duas doses. O
intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina é de seis meses.
A pasta assegura que
a vacina não aumenta o risco de eventos adversos graves, aborto ou interrupção
da gravidez.
A vacinação tem
impacto significativo na redução da incidência do HPV, como nos Estados Unidos,
que reduziram em 88% as taxas de infeção oral pelo vírus com imunização, disse
o Ministério da Saúde.
Esclarece ainda que a
vacina não é eficaz para tratamento de infecções ou lesões por HPV já
existentes.
A campanha deste ano
tem como tema “Não perca a nova temporada de Vacinação contra o HPV” e será
veiculada até 28 de setembro por meio de várias peças.
As escolas receberão
material informativo para que professores, alunos e familiares possam debater
sobre as doenças.
No Brasil, estima-se
que a prevalência do HPV é de 54,3%, sendo que mais de 37% têm HPV de alto
risco para câncer, de acordo com pesquisa preliminar feita pelo Ministério da
Saúde, universidades e secretarias municipais de saúde das capitais.
Os resultados finais
deste estudo serão divulgados até o fim do ano.
TRIBUNA DA BAHIA
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