O acesso ao ensino
superior a distância aumentou 17,6% de 2016 a 2017, o maior crescimento desde
que 2008 e também o maior índice de ingresso entre todas as modalidades da
graduação, divulgou nesta quinta-feira, 20, o Ministério da Educação com dados
do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep). De acordo com o levantamento, a educação a distância (EaD) matriculou
1,8 milhão de alunos em 2017, cerca de 21% do total de matrículas em todo o
ensino superior.
Os números referentes
ao ensino a distância, apresentados na manhã de quinta pelo ministro da
Educação Rossieli Soares, também são expressivos no comparativo de uma década.
De 2007 a 2017, conforme os dados do Inep, a quantidade de alunos nesta
modalidade são, hoje quase quatro vezes maior – eram cerca de 30 mil em 2007.
No entanto, os novos
alunos do ensino superior de 2016 para 2017 optaram pelos cursos presenciais,
destaca o censo. São 2,1 milhões de estudantes que cursam entre universidades e
cursos técnicos, dos 3,2 milhões de novos alunos registrados no ensino superior
em 2017. Mas enquanto o número de ‘calouros’ do ensino presencial - neste
período de um ano – representa um aumento de apenas 0,5%, os ingressantes de
cursos a distância passaram de 843 mil para 1,1 milhão, que significa um
aumento de 27,3%.
Referente à
graduação, o censo contabilizou 35.380 mil cursos em todo o Brasil, com
8.286.663 alunos matriculados, além de mais 4.248 em cursos sequenciais de
formação específica. Do total de cursos, 24.955 são oferecidos em instituições
privadas, 10,425 nas estaduais, 6353 nas federais e 585 no ensino superior
municipal.
O censo ainda apurou
que 96% dos alunos do superior se concentram em 15 cursos. Destes, 44% estão
fazendo pedagogia, que representa 185 mil alunos. Em seguida aparece Educação
Física, com 896 mil universitários, e depois, Matemática (95 mil) e História
(90 mil).
Rede privada
A rede privada
engloba 75% de todos os alunos do ensino superior, afirma o censo. Como
divulgou o ministro, com base no Censo, são mais de 6 milhões de alunos em
instituições particulares, sendo 46% deles que cursam com algum tipo de
bolsa/financiamento estudantil. O principal é o Fies, que já ajudou mais de 1
milhão de alunos de 2009 a 2017, seguido do Prouni (600 mil).
Acesso à educação
O censo do Inep, como
ressaltou o ministro durante a apresentação dos resultados, devem “pautar a
construção e revisão de políticas públicas” e, além de esmiuçar o ensino
superior brasileiro, também revelou dados sobre acesso à educação, transição do
ensino médio ao superior e a descontinuidade dos estudos.
Entre pessoas de 18 a
29 anos, o levantamento do Inep averiguou que 25% da população mais rica do
país é a que mais permanece no ensino formal, com 13,1 anos de estudo. O
segundo recorte da pesquisa está a população branca, com 12,1 anos, seguidos de
moradores do Sudeste, com 11,8. O ranking ainda aponta as mulheres com mais
tempo de estudos do que homens, 11,7 ante 10,9 anos. A região Nordeste é a que
apresenta a menor média de estudo desta faixa estaria: apenas 10,6 anos, abaixo
da média do Brasil, que é de 11,3 anos.
O censo também mostra
que o país está perdendo jovens no ensino médio. Eram 8.366.100 milhões em 2008
e, em 2016, eram 7.930.384 milhões. “Isso traz reflexos para o ensino
superior”, afirma o ministro.
A TARDE
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