quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Graduação a distância é o que mais cresce no País


O acesso ao ensino superior a distância aumentou 17,6% de 2016 a 2017, o maior crescimento desde que 2008 e também o maior índice de ingresso entre todas as modalidades da graduação, divulgou nesta quinta-feira, 20, o Ministério da Educação com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). De acordo com o levantamento, a educação a distância (EaD) matriculou 1,8 milhão de alunos em 2017, cerca de 21% do total de matrículas em todo o ensino superior.

Os números referentes ao ensino a distância, apresentados na manhã de quinta pelo ministro da Educação Rossieli Soares, também são expressivos no comparativo de uma década. De 2007 a 2017, conforme os dados do Inep, a quantidade de alunos nesta modalidade são, hoje quase quatro vezes maior – eram cerca de 30 mil em 2007.

No entanto, os novos alunos do ensino superior de 2016 para 2017 optaram pelos cursos presenciais, destaca o censo. São 2,1 milhões de estudantes que cursam entre universidades e cursos técnicos, dos 3,2 milhões de novos alunos registrados no ensino superior em 2017. Mas enquanto o número de ‘calouros’ do ensino presencial - neste período de um ano – representa um aumento de apenas 0,5%, os ingressantes de cursos a distância passaram de 843 mil para 1,1 milhão, que significa um aumento de 27,3%.

Referente à graduação, o censo contabilizou 35.380 mil cursos em todo o Brasil, com 8.286.663 alunos matriculados, além de mais 4.248 em cursos sequenciais de formação específica. Do total de cursos, 24.955 são oferecidos em instituições privadas, 10,425 nas estaduais, 6353 nas federais e 585 no ensino superior municipal.

O censo ainda apurou que 96% dos alunos do superior se concentram em 15 cursos. Destes, 44% estão fazendo pedagogia, que representa 185 mil alunos. Em seguida aparece Educação Física, com 896 mil universitários, e depois, Matemática (95 mil) e História (90 mil).

Rede privada

A rede privada engloba 75% de todos os alunos do ensino superior, afirma o censo. Como divulgou o ministro, com base no Censo, são mais de 6 milhões de alunos em instituições particulares, sendo 46% deles que cursam com algum tipo de bolsa/financiamento estudantil. O principal é o Fies, que já ajudou mais de 1 milhão de alunos de 2009 a 2017, seguido do Prouni (600 mil).

Acesso à educação

O censo do Inep, como ressaltou o ministro durante a apresentação dos resultados, devem “pautar a construção e revisão de políticas públicas” e, além de esmiuçar o ensino superior brasileiro, também revelou dados sobre acesso à educação, transição do ensino médio ao superior e a descontinuidade dos estudos.

Entre pessoas de 18 a 29 anos, o levantamento do Inep averiguou que 25% da população mais rica do país é a que mais permanece no ensino formal, com 13,1 anos de estudo. O segundo recorte da pesquisa está a população branca, com 12,1 anos, seguidos de moradores do Sudeste, com 11,8. O ranking ainda aponta as mulheres com mais tempo de estudos do que homens, 11,7 ante 10,9 anos. A região Nordeste é a que apresenta a menor média de estudo desta faixa estaria: apenas 10,6 anos, abaixo da média do Brasil, que é de 11,3 anos.

O censo também mostra que o país está perdendo jovens no ensino médio. Eram 8.366.100 milhões em 2008 e, em 2016, eram 7.930.384 milhões. “Isso traz reflexos para o ensino superior”, afirma o ministro.


A TARDE

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