Peritos
do Instituto de Criminalística de Pernambuco voltaram nesta segunda-feira (8)
ao edifício Píer Maurício de Nassau, no Cais de Santa Rita, em Recife. Na
última terça-feira (2), o conjunto residencial de luxo foi palco de uma
tragédia que repercutiu por todo o país: a morte do menino Miguel Otávio
Santana da Silva, de cinco anos.
Câmeras
instaladas no elevador registraram o momento em que Sari deixa o menino no
interior de um elevador, parado no quinto andar, no qual Sari mora. Tanto ela,
quanto Miguel apertam botões de diferentes andares. Na sequência, com Miguel já
sozinho, o elevador sobe e vai parar no nono andar. O garoto deixa o elevador
sozinho, abre uma porta e alcança uma área sem redes de proteção. Ali, ele
escala a grade que protege equipamentos de ar-condicionado e cai de uma altura
de 35 metros.
Peritos
do Instituto de Criminalística já tinham estado no edifício antes. No mesmo dia
em que Miguel caiu do novo andar, os técnicos identificaram marcas que sugerem
que o menino usou a grade de proteção dos equipamentos de ar-condicionado para
alcançar um parapeito. Há, no local, uma grade amassada.
Da
segunda vez que estiveram no prédio, os peritos constataram que Miguel tinha
altura suficiente para apertar os botões de andares mais altos no elevador.
Hoje, eles saíram sem falar com jornalistas. Até o momento, nem o Instituto de
Criminalística, nem a Polícia Civil, se manifestaram sobre a nova perícia. A
polícia tem 30 dias para concluir o inquérito.
Miguel
caiu do nono andar do prédio onde sua sua mãe, Mirtes Renata da Silva,
trabalhava. Ele tinha ficado no apartamento, aos cuidados da patroa de sua mãe,
Sari Mariana Côrte Real, enquanto Mirtes passeava com o cachorro dos patrões.
AGENCIA BRASIL
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