Segundo
a Portaria nº 208/2020, caberá ao órgão estadual de defesa agropecuária de cada
estado estabelecer o plano de supressão “a partir dos procedimentos gerais de
controle estabelecidos pelo Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos
Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura”.
Entre
as medidas previstas, figuram recomendações gerais para o uso de agrotóxicos,
bem como mecanismos de controle das quantidades de agrotóxicos a serem
distribuídos, comercializados e utilizados, caso a praga chegue ao país.
Uso de inseticidades
Em
anexo, a portaria apresenta tabelas com recomendações de uso e dosagem de
inseticidas biológicos à base de Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae,
bem como dosagens, intervalos de aplicação, limites de resíduos e dosagens
máximas dos princípios ativos a serem usados no combate à praga.
A
portaria prevê, ainda, a criação de canais para envio de informações
relacionadas à identificação da praga em território brasileiro, com vistas à
emissão de alertas fitossanitários.
Ainda
entre as medidas previstas pela portaria estão a adoção de procedimentos
operacionais para monitoramento “das características e níveis populacionais da
praga”, e o estabelecimento de mecanismos de controle a serem aplicados em
função de suas diferentes fases de desenvolvimento.
Durante
o período de emergência, os órgãos estaduais de defesa agropecuária deverão
apresentar relatórios trimestrais ao Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos
Agrícolas, informando as ações que foram executadas.
Fenômeno
Nos
últimos dias, milhões de gafanhotos invadiram cidades e fazendas de parte da
Argentina, formando verdadeiras nuvens de insetos. Embora não representem um
risco direto para os seres humanos, estes ortópteros saltadores podem, em
grupo, causar grandes prejuízos econômicos, devorando plantações em questões de
horas.
Embora
o fenômeno tenha ganhado destaque internacional quando a nuvem de gafanhotos já
ameaçava cruzar as fronteiras da Argentina com o Brasil e com o Uruguai, ele
não surgiu de uma hora para outra, do nada.
Desde
2015, especialistas argentinos estudam o crescimento acelerado desta população,
principalmente da espécie Schistocerca cancellata, também chamada de gafanhoto
migratório sul-americano.
AGENCIA BRASIL
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