Os policiais
militares e bombeiros do Estado da Bahia se reúnem em assembleia na tarde desta
quarta-feira (11) para decidir se entram em greve ou continuam trabalhando. A
reunião ocorre a partir das 15 horas, na sede da Adelba, em Salvador.
Com exclusividade ao
Varela Notícias, o deputado e representante da Associação de Policiais e
Bombeiros e de seus Familiares (Aspra), Soldado Prisco (PSC), contou que não
houve qualquer tipo de negociação com o Governo do Estado após a primeira
assembleia, realizada no dia 16 de agosto.
“Não ocorreu nenhum
avanço. O Governo não dialogou. Buscamos o Ministério Público Federal e
Estadual e o Tribunal de Justiça, mas não houve diálogo. Temos um acordo
firmado desde 2014, no qual o governo não cumpriu com as contrapartidas. Entre eles, a reforma do estatuto, que foi aprovada
na mesa de negociação, plano de carreira da categoria, periculosidade e
insalubridade, que pode parecer um absurdo, mas os agentes não recebem;
melhorias do Planserv e reajuste do auxílio alimentação, que é uma vergonha.
Hoje, um policial recebe R$ 12 por dia”. E completou. “A isenção do ICMS também
está na pauta. O governo não perde nada com a isenção, ele só ganha. O Governo
não tem condições de comprar armamento para toda corporação”, afirmou.
Ao ser questionado
sobre uma possível greve, Prisco não descartou e reforçou que a decisão da
categoria está acima de posições politicas.
“Eu não tenho como
afirmar isso porque a categoria é soberana. Se achar que o Governo não está
negociando e não quer avançar, não tem motivos para não apoiar”, disse.
Em nota, a Secretaria
de Segurança Pública da Bahia (SSP) informou que existe um plano de carreira
voltado para os policiais, inclusive com mais de 18 mil promoções nos últimos 4
anos. Além disso, também esclareceu que o Estado realiza o pagamento da GAP V
(Gratificação Adicional de Periculosidade) e do auxílio transporte, demandas da
categoria.
Já o Governo do
Estado não se posicionou sobre a situação até o fechamento desta matéria.
IAGO MAIA / VARELA NOTICIAS
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