Uma nova doença, com
sintomas semelhantes à Leishmaniose visceral, mas mais grave e resistente ao
tratamento, foi descoberta em Sergipe. Duas pessoas morreram por causa da
doença, que já acometeu 150 pessoas em Aracaju. O parasita ainda é
desconhecido, mas os pesquisadores já identificaram que ele é diferente da
Leishmania, responsável pela Leishmaniose.
A doença está sendo
investigada por um grupo de pesquisadores brasileiros, que publicaram um artigo
na Emerging Infectious Diseases, a revista do Centro de Controle de Doenças
Infecciosas (CDC) dos Estados Unidos. A pesquisa é realizada no Centro de
Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID), com financiamento da Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
O diagnóstico e
tratamento dos pacientes foi feito pelo médico Roque Pacheco de Almeida,
professor do Departamento de Medicina da Universidade Federal de Sergipe,
pesquisador e médico do Hospital Universitário/EBSERH de Aracaju. Os sintomas,
segundo ele, são muito parecidos aos do calazar (nome mais popular da
Leishmaniose visceral), mas evoluem com mais gravidade.
Leishmaniose
Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), entre 50 mil e 90 mil pessoas adoecem todos os anos com
leishmaniose visceral. Dos casos registrados na América Latina, 90% ocorrem no
Brasil. Também conhecida como calazar, ela é transmitida ao homem pela picada
de fêmeas do inseto infectado, conhecido popularmente como mosquito palha ou
birigui. A transmissão aos insetos ocorre quando fêmeas do mosquito picam cães
ou outros animais infectados e depois picam o homem, transmitindo o protozoário
Leishmania chagasi, causador da Leishmaniose Visceral.
No ambiente urbano, o
cão é a principal fonte de infecção para o vetor, podendo desenvolver os
sintomas da doença, que são: emagrecimento, queda de pelos, crescimento e
deformação das unhas, paralisia de membros posteriores e desnutrição, entre
outros. Nos humanos, os sintomas da doença são febre de longa duração, aumento
do fígado e do baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular e
anemia. Se não tratada, pode ser fatal.
AGENCIA BRASIL
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