Proibir o uso de Vossa Excelência para o tratamento de deputados e senadores, o aborto “em qualquer hipótese” e a utilização do nome “Bíblia” em livros que não tenham o texto sagrado das religiões cristãs. Esses são alguns dos projetos propostos pelos deputados da nova legislatura no primeiro dia do funcionamento do Congresso, nesta segunda-feira (4).
O dia foi movimentado nos corredores da Secretaria-Geral da Mesa, na Câmara. Deputados e assessores se amontoavam desde o início desta segunda-feira (4) nos corredores para protocolar logo seus projetos, assim que fosse aberta a sessão inaugural, às 15h.
De acordo com técnicos ouvidos pela reportagem, o movimento acima do normal é comum no primeiro dia de legislatura, já que todos os deputados querem ficar com o cobiçado “PL 1”: o primeiríssimo projeto de lei apresentado no ano. Segundo Joice Hasselmann (PSL-SP), sua equipe esperava na porta da seção de protocolo desde as 5h.
Nem isso, porém, foi o suficiente para garantir que a deputada conseguisse o posto. Ele ficou com o Pastor Sargento Isidório (PR), o novato que foi o deputado federal mais votado da Bahia, que já se acostumou a andar pelo plenário da Casa com uma enorme Bíblia nas mãos.
Os dois primeiros projetos da legislatura, portanto, versam sobre o livro sagrado cristão: Isidório quer declarar a Bíblia patrimônio nacional, cultural e imaterial da humanidade. Além disso, quer impedir que o nome “Bíblia” seja usado em outros livros. Ou seja, nada de “Bíblia do vinho”, “Bíblia da Costura” ou “Bíblia do palmeirense”.
Até o final do dia, foram 327 projetos de lei -mais que o dobro das 149 propostas que a Câmara aprovou em plenário no ano de 2018 inteiro- entregues na Secretaria-Geral.
VARELA NOTICIA
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