inaugurado em 1912, o Mercado Modelo surgiu pela
necessidade de um centro de abastecimento na Cidade Baixa de Salvador. Entre a
Alfândega e o largo da Conceição, constituía-se em um centro comercial onde era possível
adquirir itens tão variados como hortifrutigranjeiros, cereais, animais,
charutos, cachaças e artigos para o Candomblé.
Porões do Mercado Modelo: A suposta comercialização de escravos que teria ocorrido no seu sombrio subsolo (versão contestada por historiadores) é o que alimenta isso, além dos cinco incêndios. Quem trabalha pelo local diz que ouve gritos e pedidos de socorro perto da entrada do subsolo.
Era servido pela
rampa que leva o seu nome, antigo porto dos saveiros que atravessavam a baía de
Todos os Santos.
Em 1969 foi vítima do
mais violento incêndio de sua história, a tal ponto que se tornou necessária a
demolição do antigo imóvel. A partir de 2 de Fevereiro de 1971, passou a ocupar
o edifício da 3º Alfândega de Salvador, uma construção de 1861 em estilo
neoclássico, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (IPHAN). No local, onde funcionava o primitivo Mercado, foi erguida
uma escultura de Mário Cravo Junior.
Bairro do Comércio no século XIX, ao centro o prédio quando funcionava como alfândega.
Um novo incêndio que
lhe destruiu as instalações levou a uma extensa reforma do edifício, em 1984,
permitindo a sua reinauguração.
O Mercado Modelo
viveu pelo menos cinco grandes incêndios ao longo de sua história, a saber:
1917: existem poucas
informações a seu respeito, acreditando-se que não tenha sido de proporções
catastróficas.
1922: iniciou-se na
madrugada de 7 de janeiro, tendo reduzido o Mercado às cavernas (subterrâneos),
causando mais de mil contos de réis de prejuízos À época, registraram-se boatos
de que as causas foram propositais. Reformado, tendo a sua pintura original -
amarela e vermelha - sido substituída por verde, ganhou o apelido de Tartaruga
Verde.
1943: registrou-se em
28 de fevereiro (um domingo), com a destruição parcial das suas instalações.
Não foram identificadas as causas do incêndio, tendo o edifício sido
recuperado.
1969: teve lugar a 1
de agosto, sendo considerado o mais grave de sua história, a ponto de
inviabilizar a reconstrução do primitivo imóvel, cujos escombros necessitaram
ser demolidos visando a segurança pública.
1984: em 10 de
Janeiro, conduziu a uma extensa reforma, permitindo a sua reinauguração no
mesmo ano.
Em 2016, foi
noticiado que o mercado passa por dificuldade financeira. Administrado pela
associação dos permissionários, ela não tem como exercer o poder de polícia
administrativa para combater a inadimplência Por isso, será administrado pela
Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria de Ordem Pública (Semop), cujo
processo transitório está sendo mediado pelo Ministério Público
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