quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Familiares e amigos se despedem de Mário Cravo Jr. nesta quinta



Familiares, amigos e admiradores se despedem nesta quinta-feira, 2, do artista plástico Mário Cravo Jr., que morreu de falência múltipla de órgãos na manhã desta quarta, 1º. O velório acontece na Capela H do cemitério Jardim da Saudade, onde haverá uma missa às 15h30 e o corpo do artista será cremado, às 16h.

Filho de Mário Cravo Jr., Ivan Ferraz destaca a importância do modernista para a arte brasileira. "Meu pai era o último modernista vivo e desenvolveu produções para Salvador, Bahia e Brasil. Até dois anos atrás, ele estava trabalhando com toda a dedicação. Ele foi um ótimo pai, um pouco sapeca e irreverente, mas um excelente pai. Eu era piloto e ele amava os carros, chegamos até a produzir alguns protótipos. Era um gênio como artista e até me influenciou no gosto musical, pois através dele conheci Caymmi e João Gilberto", destaca ele, visivelmente emocionado.

Ivan ressalta ainda que a obra do pai é valorizada, entretanto existem muitas que precisam ser restauradas. Com a morte de Mário, o filho acredita que as pessoas reconhecerão ainda mais o trabalho do artista.

Uma das admiradoras do legado de Mário Cravo Jr. é a artista Anna Georgina, que expôs os trabalhos dele na Panorama Galeria. "Ele é um grande escultor e muito criativo. Quem entende de arte ama o trabalho dele e quem não entende, gosta mesmo assim. Quando ele fazia as exposições, deixava todos animados só pela coletiva. Ele fazia uma verdadeira festa", relembra.

Mas o lado familiar de Mário Cravo Jr. também é assunto entre os presentes. "Sempre foi influente na arte e na família. Ele, minha mãe e outro tio seguiram para este caminho. Foi um tio influente e comecei a perceber como estamos perdendo a base de família aos poucos. Agora, vamos levar o que ele ensinou e, só de carregar seu sobrenome, já tem uma importância enorme", diz a sobrinha Eva Cravo.

"Ele era meu padrinho, sempre o visitava na oficina em que ele produzia as artes. Ele me batizou em Riacho da Guia. Gostava muito dele, sempre me convidava para visitá-lo, ele foi como um pai para mim. Sentirei muitas saudades", completa a afilhada do artista, Elizabeth Caldeira.



A TARDE

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