O clima esquentou na
bancada do Jornal Nacional na noite desta terça-feira (28). O presidenciável do
PSL, Jair Bolsonaro, perdeu a linha e partiu para o ataque conta a Globo
durante uma entrevista com os jornalistas William Bonner e Renata Vasconcelos.
A primeira pergunta
foi sobre o fato de o parlamentar ter permanecido durante tantos anos no
parlamento, formando uma família de políticos e, mesmo assim, se portando como
um "outsider". "Geralmente quando se fala em famílias na
política, fala-se em famílias em atos de corrupção. A minha família é limpa na
política", rebateu.
Ele também foi
perguntado sobre o fato de receber auxílio-moradia, mesmo tendo um apartamento
em Brasília. "Tive um apartamento novo agora porque precisava de um espaço
maior. Tinha despesas também".
Ele atacou a Rede
Globo e acusou os jornalistas de serem contratados por meio da
"pejotização" (modelo de contrato via Pessoa Jurídica) ao ser
indagado sobre a desigualdade de homens e mulheres. A jornalista Renata
Vasconcelos, então, rebateu o parlamentar defendemos a emissora.
“Seu salário de
deputado, nós pagamos. O meu, na iniciativa privada, não sou obrigada a dizer.
Mas o senhor saiba que não aceitaria receber menos que um homem na mesma função
que eu", disparou.
Ainda na entrevista,
ele defendeu que o economista Paulo Guedes vai permanecer em seu governo até o
final do governo ao ser questionado sobre a possibilidade de demissão caso ele
seja empossado como ministro. "O Paulo Guedes é um economista reconhecido
nacional e internacionalmente", assegurou. "É quase um casamento.
Estou namorando o Paulo Guedes há meses", completou.
O candidato também
foi perguntado sobre seu tema favorito: homofobia. Pressionado pelos
entrevistadores, ele disse: “Tem muito gay que é pai e é meu e me apoia. Peço
até desculpas mas foi um momento de temperatura alta”.
Na última pergunta,
Bonner fez questionamentos a respeito de posições polêmicas do deputado em
relação ao Regime Militar. Bolsonaro, então, repetiu o comportamento de outras
entrevistas relembrando o editorial de Roberto Marinho no jornal O Globo
defendendo o golpe de 1964.
BCNES
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