O total de 302 mortos deve aumentar, segundo informa a
agência Associated Press. Além disso, cerca de 400 pessoas ficaram feridas.
Algumas delas têm queimaduras que as deixaram irreconhecíveis. Cerca de 70
pessoas estão desaparecidas, com base em relatos de parentes, de acordo com o
policial Mohamed Hussein.
Sentada do lado de fora do hospital, Hodan Ali espera
encontrar seu irmão que está desaparecido. Ela mostra às pessoas sua foto em
uma tela de celular. Abdiqadir Ali, um motorista de taxi de 50 anos, foi visto
pela última vez no sábado quando ia a um hotel para pegar um cliente, antes da
grande explosão ocorrer.
“Estou quase desistindo”, diz chorando à agência Associated
Press. “Nada é mais doloroso do que não saber de seus entes queridos, seja vivo
de morto”. Abdulkadir Mohamud também está à procura de seu filho, que
está desaparecido desde o dia do ataque. “Eu teria muita sorte se tivesse uma
parte de seu corpo”, disse em lágrimas. “Não tenho nem seu corpo. Por favor,
tragam de volta meu filho”.
Doações de sangue
Nos hospitais, a falta de um banco de sangue está
prejudicando o atendimento médico aos feridos. O governo pede por doações.
O ministro da Informação, Abdirahman Omar Osman, disse que o
país não tem um banco de sangue e que as limitações de seu sistema de saúde
estão prejudicando o atendimento. "Estamos pedindo sangue, estamos pedindo
assistência para verificar os mortos para que seus familiares tomem
conhecimento", disse Osman à Reuters por telefone de Mogadíscio. Osman disse que os corpos de mais de 100 pessoas enterradas
na segunda-feira "estavam irreconhecíveis depois da explosão", e que
espera que outros corpos ainda possam ser identificados.
Países como a Turquia, os Estados Unidos e o Catar estão
oferecendo assistência médica. Médicos turcos --principalmente cirurgiões e
especialistas em ferimentos na coluna-- chegaram juntamente com o ministro da
Saúde da Turquia nesta segunda-feira e estão tratando feridos em hospitais de
Mogadíscio.
Um avião militar dos EUA também aterrissou na capital com
ajuda médica e humanitária. O Quênia, vizinho da Somália, disse que iria
retirar 31 pessoas feridas para tratamento e que forneceria 11 toneladas de
suprimentos médicos.(FONTE ; ELMUNDO)
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