O homem que estuprou e engravidou a sobrinha de 10 anos no Espírito Santo foi preso durante a madrugada desta terça-feira (18). A informação foi divulgada pelo governador Renato Casagrande (PSB).
“Que sirva de lição para quem insiste em praticar um crime brutal, cruel e inaceitável dessa natureza. Detalhes da operação serão repassada pela equipe segurança ainda hoje”, disse o governador.
Segundo informações do G1, o homem foi preso em Betim, Minas Gerais, e será encaminhado ao Complexo Penitenciária de Xuri, em Vila Velha, na Grande Vitória. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável e ameaça e estava foragido desde a última semana.
Grávida de cerca de 20 semanas, a criança interrompeu a gravidez em Recife, em Pernambuco. Ela já tinha desenvolvido diabetes gestacional. Com a descoberta da gestação, o tio da criança passou a ser investigado por estuprá-la desde os seis anos de idade.
Repercussão
Apesar de a legislação prever a interrupção da gravidez em caso de violência sexual, a jovem teria tido o atendimento negado na unidade de referência no Espírito Santo, estado onde mora e, por isso, precisou ir a Pernambuco para realizar a interrupção da gravidez. Ao tomar conhecimento da vinda da criança, grupos contrários e favoráveis ao procedimento se aglomeraram em frente ao Cisam. O tumulto se formou com direito a bate boca e empurrões.
Ela chegou ao Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), no Recife, por volta das 16h. Cerca de uma hora depois, o óbito fetal já havia sido induzido, através de medicamentos. Segundo o médico Olímpio Barbosa, diretor da unidade de saúde, o processo de expulsão do feto leva de 12h a 24h. O diretor do Cisam disse que foi contactado após a decisão da Justiça. “Recebi uma ligação solicitando ajuda. Me passaram a decisão da Justiça e eu já tinha acompanhado o caso através da imprensa. O que fizemos é o que consta na Lei, que garante o abortamento em caso de estupro. Eu considero, no caso de uma criança de 10 anos que não deseja a gravidez, um ato de tortura.”
O médico ainda destacou que a menina corria risco de vida, caso a gravidez fosse mantida. “Não é algo natural. Se trata de um organismo que não está formado. Há risco de hemorragia, parto prematuro, hipertensão algumas centenas de vezes mais alto do que em uma mulher adulta. O mais importante é preservar a vida dessa criança”, argumentou.
CORREIO
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