O jovem médico Uenderson Araújo Barbosa, de 30 anos, só soube que hoje, 12 de agosto, era o dia dos profissionais do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) após receber várias mensagens o parabenizando pelo ato que salvou a vida de uma gestante e o seu bebê, durante a madrugada.
A mulher que é hipertensa e não teve a identidade revelada, estava no sexto mês de gestação, passou mal e foi levada às pressas para o Hospital Geral do Estado (HGE). Como a unidade não é referência no atendimento a gestantes, ela precisou ser transferida para a Maternidade José Maria Magalhães Neto, hospital especializado nesse tipo de ocorrência.
Foi aí que a equipe do SAMU onde Uenderson estava entrou na história. Uma outra ambulância foi chamada para atender a emergência, mas como não tinha obstetra, um segundo veículo foi acionado, onde o jovem médico estava.
No caminho, o quadro da paciente evoluiu para uma parada cardiorrespiratória. Em casos graves como este, o êxito de uma manobra é difícil, e o óbito de mãe e filha quase irreversíveis.
Por conta da gravidade da situação, Uenderson tentou uma ação rara e ousada na literatura médica: a cesárea peri-mortem. “Durante as manobras de reanimação, a retirada do bebê aumenta as chances de sobrevivência. Com isso, a mãe voltou da parada cardiorrespiratória”, explicou o médico. “Foi a forma que encontrei de salvar essas vidas. Sempre faço o melhor pelos meus pacientes, quem me conhece sabe que eu esgoto todas as possibilidades”, disse. O procedimento foi realizado dentro do hospital.
VN
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