Iolanda viu o filho Robert pela última vez na sexta-feira (25) no dia do desastre, pela manhã, antes do filho ir trabalhar. Ele tinha planos de ir para a casa da namorada e combinou que a mãe o encontrasse ao final do expediente.
— O meu filho me pediu que o encontrasse às 17h30 na rodoviária de Brumadinho. Eu ia levar uma mochila para ele dormir na casa da namorada.
Robert trabalhava como ajudante geral na Vale há sete meses. Iolanda acredita que ele almoçava no refeitório no momento do rompimento, um dos locais mais atingidos pela lama, e diz que não tem mais esperança em encontrá-lo vivo.
— Eu não tenho mais esperanças que ele esteja vivo. O lugar ficou muito feio.
Robert já havia alertado a mãe sobre riscos na barragem. Segundo Iolanda, o filho relatava que há 20 dias a barragem estava “minado água”. Desde sexta-feira (25), a mãe de Robert vai próximo ao local em busca de notícias do filho.
— É um lugar que eu não gosto de ir! Tem muita tristeza…Fui lá ontem, anteontem e vou hoje. Eu não posso aproximar, mas sei que os Bombeiros fazem o que podem.
Rute de Oliveira, de 22 anos, e o irmão, Cléber Oliveira, de 25 anos, ainda não sabem como será a vida da mãe depois da tragédia.
— Não sabemos como vamos continuar, como serão as coisas. Não sei se minha mãe consegue voltar a trabalhar. A gente não sabe como vai fazer.
Até o momento, 99 mortes já foram confirmadas e 259 pessoas ainda estão desaparecidas apos o rompimento da barragem em Brumadinho.
R7/ MÍDIA BAHIA
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