A Bahia amanheceu em
luto nesta sexta-feira (24), um ano após a tragédia com a lancha que partiu do
terminal Mar Grande, e deixou fatalmente 19 vítimas. A embarcação Cavalo
Marinho I saiu às 6h20 do porto de Vera Cruz e virou à cerca de 200m da costa.
Em entrevista ao
Varela Notícias, o condutor de veículos de emergência, Dirceu Souza Damasceno,
de 44 anos, contou sobre o acidente e
como ele conseguiu sobreviver mesmo ficando preso na embarcação, sendo levado
para o fundo do mar.
“Tudo aconteceu por
dois motivos más condições do tempo e uma embarcação sem condições de
travessia. Estava no meio da lancha comentando sobre o mal tempo com um colega
a embarcação virou sobre o lado que eu estava. Antes que virasse por completo
eu pulei no mesmo sentido e mesmo assim fui levado ao fundo do mar, ficando preso nas madeiras
que prendem os bancos”, revelou Dirceu.
Mesmo com toda a
dificuldade, o motorista explicou como fez para se salvar e ainda ajudar dois
idosos que estavam à deriva. “Ainda assim consegui sair e nadei pra cima
achando a superfície. Quando submergi estava perto de uma das hélices que
girava fora d’água. Nadei até um grupo de quatro botes presos um no outro por
cordas, com umas 15 pessoas. Ainda conseguimos salvar dois idosos que estavam à
deriva, sem coletes”, acrescentou.
Dirceu contou que o
socorro demorou duas horas e meia para chegar e levou algumas vítimas para a
Upa de Vera Cruz. Ele comentou que ainda não conseguiu superar o trauma. “O
trauma é muito grande, principalmente pelos óbitos. Me lembro da emoção dos
meus familiares ao me encontrarem com vida”, finalizou o sobrevivente.
VARELA NOTICIA
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