apagão que deixou
cerca de 70 milhões de pessoas sem energia nesta quarta-feira (22) também
afetou o fornecimento de água em ao menos oito estados das regiões Nordeste e
Norte. Nesta quinta-feira, o serviço ainda estava sendo normalizado em algumas
cidades.
No Rio Grande do
Norte, o apagão interrompeu o funcionamento de todos os sistemas de
fornecimento de água da companhia de águas e esgotos do estado (Caern). Os
sistemas de esgotamento tiveram o andamento assegurado por geradores. A
abastecimento só deve voltar ao normal dentro de 48 horas.
No Ceará, moradores
de bairros de Fortaleza e da Região Metropolitana da capital atendidos pelo
sistema integrado da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) estão com
problemas de falta de abastecimento ou baixa pressão da água que chega nas
casas.
Torneira ficou sem
água ainda durante o apagão em casa do Bairro Bonsucesso (Foto: Paloma Barbosa)
Torneira ficou sem água ainda durante o apagão em casa do Bairro Bonsucesso
(Foto: Paloma Barbosa)
Torneira ficou sem água
ainda durante o apagão em casa do Bairro Bonsucesso (Foto: Paloma Barbosa)
Durante cerca de
cinco horas, as estações que abastecem essas regiões ficaram sem funcionar por
causa da falta de energia, o que compromete a distribuição da água e
despressurização das redes nesta quinta-feira.
Em Alagoas, todos os
sistemas de fornecimento estão paralisados. A água que ainda chega nas casas
vem dos reservatórios e, por isso, a recomendação é de que a população
economize água.
Na Bahia, o apagão
afetou abastecimento em mais de 20 bairros de Salvador e parte da Região
Metropolitana. Além da capital, tiveram o abastecimento de água afetado as
cidades de Simões Filho, Camaçari, Dias D'Ávila, Madre de Deus, São Francisco
do Conde e São Sebastião do Passé. A previsão é de que o serviço seja
normalizado em 72 horas.
No Piauí, o
desabastecimento de água causado pelo apagão afetava ainda 20% dos bairros da
capital no início da manhã desta quinta-feira, segundo a empresa Águas de
Teresina. A concessionária afirmou em nota que o sistema deve operar, em sua
capacidade plena, em até 24 horas.
No Maranhão, a BRK
Ambiental disse que as cidades de São José de Ribamar e Paço do Lumiar tiveram
o abastecimento de água comprometido por causa da falta de energia. Após a
retomada da energia o prazo para restabelecimento do abastecimento é em até 72
horas, afirma a concessionária.
Na Paraíba, o
abastecimento já foi retomado, mas a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba
(Cagepa) afirma que, como a demanda na capital paraibana é grande, pode haver
intermitência do serviço ao longo do dia.
Em Sergipe, a
companhia de saneamento afirma que o fornecimento de água foi parcialmente
afetado na cidade de Nossa Senhora do Socorro, na região metropolitana de
Aracaju, nesta quinta. De acordo com a companhia o apagão atingiu a estação de
tratamento que abastece parte da cidade e deixou cerca de 150 mil pessoas sem
água. O serviço deve ficar normal até o fim da tarde.
No Tocantins, na
Região Norte, as 47 cidades atendidas pela concessionária BRK Ambiental tiveram
uma paralisação no sistema de abastecimento. A situação foi normalizada na
maioria das cidades, mas Guaraí continua com problemas nesta quinta-feira.
Segundo a empresa, o abastecimento segue paralisado por causa de uma bomba de
captação de água que queimou.
Apagão
Municípios de ao
menos 14 estados do Norte e do Nordeste do país ficaram sem energia por causa
do apagão desta quarta-feira: Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão,
Pará, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe e Tocantins.
O problema ocorreu às
15h48. Em nota, o Operador Nacional do Sistema (ONS) informou que as causas do
desligamento estão sendo investigadas.
O ministro de Minas e
Energia, Fernando Coelho Filho, disse que o apagão ocorreu após uma falha em
uma linha de transmissão ligada à usina de Belo Monte, no Pará, que não
suportou um aumento de carga. Segundo o ministro, essa linha foi programada
para operar em uma potência maior.
Em entrevista
coletiva no início da noite desta quarta, o diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo
Barata Ferreira, disse que a falha ocorreu em um disjuntor na subestação Xingu,
no Pará.
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