Há setenta anos, em
30 de novembro de 1947, nascia um dos maiores comunicadores da televisão
baiana, no município de Itabuna, no sul da Bahia.
Conhecido por seus
polêmicos comentários, pelos famosos bordões e pelo dom de ajudar a população
baiana, Raimundo Varela é aclamado por onde passa e tem o carinho do público
que o mantém líder de audiência há mais quarenta anos, na TV, no rádio e também
na internet.
Pouca gente sabe, mas
antes de começar a carreira na comunicação, Varela atuou como jogador da
Associação Desportiva Leônico e do Esporte Clube Ypiranga, o que lhe rendeu o
convite para se tornar comentarista esportivo do programa “Papo de Bola”.
“Naquela época, na
década de 60, ninguém ganhava milhões com futebol. Eu fui obrigado a tirar a
carteirinha da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), que hoje é a
Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Fui jogar no Leônico, mas meu
espírito era mesmo de futebol amador”, lembra o comunicador.
A ideia de criar o
Balanço Geral, programa que hoje é reconhecido nacionalmente e possuiu versões
em diversos estados do país, surgiu durante uma reunião entre Varela e os
radialistas Fernando José, Armando Oliveira e o repórter Guilherme Santos.
“Quando nasceu, o
Balanço Geral foi ao ar às 18h, na TV Itapoan. A audiência era empatada com as
novelas da Globo. Fernando José era um gênio da comunicação e eu sou herdeiro
disso tudo”, destaca o apresentador.
Quase quarenta anos
depois, sem perder o pique, o apresentador acorda diariamente às 3 horas da
manhã, para chegar na TV às 4h. “Acordo antes do despertador, não dou ousadia
de despertador me acordar”, brinca. “Preciso estar com o programa no ar às 6h15
e quero chegar rápido na televisão”, afirma.
Além de apresentar o
Balanço Geral na Record TV, de segunda a sexta, todas as manhãs, ele comanda um
programa homônimo na Radio Sociedade. No
ano de 1998, Varela conheceu sua esposa, Sheila Varela, enquanto participava de
uma palestra na Universidade Salvador (Unifacs).
A partir daí, o casal
esteve junto em momentos felizes e difíceis, desde o nascimento da filha,
Marianna, até quando Varela enfrentou um dos piores momentos de sua vida,
quando precisou fazer um transplante de fígado e rim.
“Foram sete meses de
sofrimento, mas você tem que lutar conta a doença. Se você se entregar, ela te
levar. Travamos uma guerra contra ela, uma batalha diária. Ali pude ver que nós
não somos nada. Somos uma matéria que pensa”, reflete o apresentador.
Quando questionado se
um dia pensa em se aposentar, Varela não pensa duas vezes: “Prefiro morrer no
estúdio”, garante o apresentador, que tem cartão verde da população baiana para
continuar na TV por muitos e muitos anos.((VARELA NOTICIA))


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