O governador Rui Costa descartou nesta quinta-feira, 21 a possibilidade de reajuste a servidores públicos na Bahia, independentemente do que decidir o presidente Jair Bolsonaro no projeto de auxílio financeiro aos Estados e municípios. O chefe do Palácio do Planalto já informou que vetará o trecho do projeto que permitia o reajuste ao funcionalismo público no período da pandemia do novo coronavírus.
Em reunião com governadores nesta quinta, Bolsonaro pediu o apoio dos gestores estaduais em torno dos vetos que pretende fazer. No projeto de socorro aos Estados e municípios, o congelamento de salários era uma contrapartida pedida pelo governo federal, mas o texto foi modificado no Congresso. Pela proposta do governo, o congelamento ocorrerá até dezembro de 2021.
"Como dito pelo Zema [governador de Minas Gerais], não está na nossa programação qualquer tipo de reajuste para servidor, se o veto vier ou não vier. Não há condições financeiras de elevar a despesa com pessoal", declarou Rui, em entrevista à CNN Brasil.
Segundo o chefe do Executivo baiano, os recursos repassados pelo governo federal serão essenciais para manter plenamente os serviços básicos, como de Segurança, e Educação, além da Saúde. "Os serviços de Segurança se intensificaram nesse período. Na Educação, haveremos de ter que complementar as aulas, provavelmente entrando em janeiro e talvez até fevereiro para concluir o ano letivo. Teremos receitas extras devido a esse período atípico", disse.
Ao comentar o pedido dos Estados em busca do aval da equipe econômica para renegociação das dívidas, o governador destacou que o pleito não é por anistia ou desconto nos débitos. "Os governadores querem que as parcelas que vencem esse ano sejam diluídas ao longo do contrato. Considero isso fundamental", afirmou.
Rui ainda elogiou o clima da reunião: "Foi rápida, mas positiva, em um ambiente que é o desejo dos 27 governadores, que é buscar a união de todos. Não é hora de disputa política ou eleitoral".
A TARDE
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