Os professores da
rede municipal de ensino da cidade de São Félix, no Recôncavo Baiano,
decretaram greve por tempo indeterminado. Segundo o diretor estadual e advogado
da APLB-BA, Noildo Gomes, os salários estavam atrasados há 50 dias e na
quarta-feira (4) foram pagos os de fevereiro. "Março não foi pago, apesar
do município ter recebido as verbas constitucionais. Há mais de uma semana
entrou a última parcela do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Não é falta de
dinheiro e sim de gestão", afirmou Noildo em conversa com o BNews.
De acordo com o
diretor, o município tem uma quantidade de contratados que não é necessária.
"Em São Felix temos o menor número de alunos por professor do que a média.
Lá são 12 alunos por professor. É uma questão administrativa e não de falta de
dinheiro", ressaltou.
A reportagem entrou
em contato com a secretária de Educação do município, Adelmira Rodrigues , que
confirmou os atrasos, mas justificou que o valor repassado pelo Fundeb não é
suficiente para cobrir os gastos. "Realmente estamos com um impacto
financeiro, mas em nenhum momento deixamos de pagar. A falha foi detectada em
2017 e a previsão era de 8 milhões de recebimento, mas só recebemos R$ 6
milhões. Já este ano, a estimativa é de recebermos R$ 7 milhões e ainda
corremos o risco", explicou, sem detalhar quanto já foi repassado ao município
até o mês de março. A secretária também não informou qual o valor aplicado pela
prefeitura na Educação.
O BNews também
procurou o Fundeb para entender quais critérios são utilizados para definir o
valor do repasse aos municípios e qual valor destinado à cidade de São Félix.
Até o fechamento da matéria nenhuma resposta foi enviada.
Uma assembleia dos
professores está sendo organizada para a semana que vem, na qual serão
definidos os rumos do movimento. (BOCAO NEWS)
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