Temer afirmou que,
com os acordos assinados nesta sexta, há um estímulo de investimentos entre os
dois países. “Agora nosso objetivo é superar barreiras regulatórias entre o
Brasil e o Chile”, disse, destacando que o Chile é o maior parceiro do País na
região.
O presidente
brasileiro afirmou ainda que houve concordância em fazer a integração entre o
Mercosul e a Aliança para o Pacífico. Durante o encontro com Piñera, segundo
Temer, foi discutida ainda a questão da Venezuela. “Expressamos ambos nossa
preocupação com o destino político para aquele país. Cheguei a mencionar o
problema que temos no Brasil dos imigrantes venezuelanos”, afirmou, destacando
que a preocupação é com o povo venezuelano. “Concordamos que não há alternativa
na região que não seja para um regime democrático”, completou.
Temer aproveitou para
comentar o movimento do líder norte-coreano, Kim Jong-un, e do presidente
sul-coreano, Moon Jae-in, que prometerem trabalhar pela “desnuclearização
completa da península coreana”, durante a primeira cúpula intercoreana em mais
de uma década. “Esperamos estar assistindo uma etapa que levará a paz na
península coreana. Isso terá repercussões em outros conflitos regionais”,
comentou.
O presidente
Sebastián Piñera destacou que foram feitos acordos importantes com o Brasil e
que os dois países caminham para eliminar barreiras tarifárias. Ele destacou o
desejo do Chile e Brasil liderarem o processo de integração na América Latina
e, não só de comércio de bens, serviços e investimentos, mas também na área da
segurança.
Acordos
As duas nações
assinaram um protocolo de Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos
(ACFI). O protocolo faz parte de uma geração de acordos internacionais que o
Brasil começou a assinar em 2015, que oferecem uma proteção adicional a
companhias que investem no exterior.
O protocolo
financeiro complementa um acordo mais amplo assinado entre Brasil e Chile em
2015, que protege investimentos nos demais setores da economia. Na época
decidiu-se que os bancos teriam um capítulo à parte, por se tratar de uma
atividade altamente regulada.
Além do Chile, o
Brasil já tem Acordos de Cooperação e Facilitação de Investimentos com Peru,
Colômbia, México, Angola, Moçambique e Malaui. Um protocolo com as mesmas
finalidades foi formalizado no Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai) em
dezembro passado.
Durante a visita,
também foi assinado um Acordo de Contratação Pública, pelo qual empresas dos
dois países poderão participar das licitações públicas em igualdade de
condições.
Após a declaração à
imprensa, os dois presidentes seguiram para o Palácio do Itamaraty, para um
almoço oferecido ao presidente Piñera.
G1
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