Familiares, amigos e
colegas de trabalho prestaram neste sábado as últimas homenagens ao policial
civil Rogério Lima Ribeiro, 46 anos, morto na tarde de ontem (27) durante um
confronto com bandidos no Lobato. O investigador foi sepultado no Cemitério Campo
Santo, no bairro da Federação, onde era grande a movimentação de viaturas da
Policia Civil e de agentes fardados.
“Profissional
experiente, querido, trabalhador, que amava o que fazia. Era um exemplo de
policial. Só temos elogios. A polícia toda era amiga dele”, afirmou o delegado
e coordenador da força-tarefa, Odair Carneiro.
Ainda de acordo com
ele, ou autores do crime já foram identificados. “De imediato os policiais
civis ocuparam a região junto com a polícia militar, dois seis envolvidos, dois
foram a óbito e quatro foram identificados. São traficantes de droga que atuam na
área”.
Rogério estava na
polícia há oito anos. O investigador trabalhava na 3ª Delegacia de Homicídios
(BTS), do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele deixa a
esposa e uma filha de 11 anos. Na
sexta-feira, o investigador saiu por volta de 14h para a diligência na qual
acabou baleado, próximo às pedreiras na região da Santa Luzia do Lobato. No confronto, um tiro atravessou a lateral do
colete à prova de balas usado pelo policial, na parte desprotegida, e atingiu o
seu tórax.
Chefe da
força-tarefa, o delegado Odair Carneiro lamentou a morte do investigador:
'profissional experiente, querido, trabalhador que amava o que fazia'
(Foto: Marina Silva/
CORREIO)
“Infelizmente foi uma
fatalidade. Tinha quatro equipes com quatro policiais cada, quando fomos
surpreendidos com os disparos de arma de fogo. O tiro pegou no local onde não é
coberto por nenhum tipo de colete”, acrescentou o delegado.
Colega de profissão,
o investigador Hamilton Lins trabalhava diretamente com Rogério no DHPP. “Era
um policial que tinha iniciativa e estava sempre a frente das operações.
Companheiro, participante, interagia com toda equipe e por isso era muito
querido. Não é por um acaso que o cemitério está lotado. Ele deixou esse legado
de amizade”, lamentou.
O secretário de
Segurança Pública do estado, Maurício Barbosa, também esteve presente na
cerimônia de despedida do policial civil: “Lamentável perder a vida de um
companheiro. Presto minha solidariedade. Morreu heroicamente, trabalhando,
dando sua vida pela sociedade. É por isso que a gente luta e por isso é tão
importante reconhecer o trabalho destes guerreiros”.
Sobre o caso
Rogério foi atingindo
durante uma operação policial planejada há 15 dias e que tinha como objetivo
prender integrantes da facção responsáveis por homicídios e assaltos. “O local
quem domina é a BDM. Um dos líderes de lá é Coresta, que atua nas localidades
de Pedreira e Bananeira”, disse o investigador Marcos Maurício, presidente do
Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc).
A facção age também
nas localidades de Barriquinha (Capelinha), Ladeira do Cacau (São Caetano), Boa
Vista de São Caetano e Santa Luzia do Lobato, onde Rogério foi baleado. A
investida contra os traficantes contou com aproximadamente 40 policiais, entre
civis e militares. A operação partiu de uma investigação de agentes da 29ª
Delegacia (Lobato) com o auxílio da 4ª DP e com o apoio do Departamento de
Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e do Departamento de Repressão e Combate
ao Crime Organizado (Draco) e policiais das Rondas Especiais (Rondesp).
CORREIO
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