O prefeito afastado do Rio de Janeiro , Marcelo Crivella (Republicanos), deixou o presídio de Benfica no começo da noite desta quarta-feira, 23, com uma tornozeleira eletrônica, e vai cumprir prisão domiciliar. Ele é suspeito de envolvimento em um esquema de corrupção na prefeitura.
O cumprimento do alvará de soltura foi confirmado pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). À tarde, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a sua transferência imediata.
A Justiça determinou ainda o corte de sinal de internet, celulares e telefones fixos na residência de Crivella. As empresas de telefonia fixa e internet responsáveis pelo fornecimento dos serviços ao imóvel de Crivella também serão notificadas para que o sinal seja interrompido, de acordo com o despacho.
Em despacho assinado pela desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, ela determinou que seja cumprido um mandado de verificação e busca e apreensão na residência de Crivella para a retirada de terminais telefônicos fixos, celulares, computadores, tablets e laptops.
Crivella foi preso preventivamente desde ontem por suspeita de chefiar o chamado "QG da Propina", como ficou conhecido o suposto esquema de cobrança de pagamentos em troca de favorecimentos a empresários.
Segundo o Ministério Público do Rio, o esquema de pagamentos para liberação de contratos na administração municipal arrecadou mais de R$ 50 milhões e envolveu até mesmo suspeitas de uma articulação bilionária de lavagem de dinheiro na Igreja Universal do Reino de Deus, onde Crivella se tornou bispo licenciado após ser eleito prefeito do Rio, em 2016.
A TARDE
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