Todos postados em frente aos computadores. Monitor devidamente colocado à beira do gramado. Sistema de som no ouvido do árbitro checado e em perfeito funcionamento. Tudo pronto para o pontapé inicial da partida de ‘Varbol’. Nesse novo e esquisito esporte, o Bahia não se deu bem.
Após um primeiro tempo surreal, com sete intervenções do árbitro de vídeo (VAR) que duraram aproximadamente 20 minutos, e uma segunda etapa mais normal, o Tricolor caiu diante do Defensa y Justicia na Fonte Nova: 3 a 2.
O árbitro equatoriano Guillermo Guerrero foi chamado ao monitor quatro vezes, voltou atrás de três decisões de campo, manteve uma, anulou um gol e marcou três pênaltis num jogo totalmente caótico.
Viva a tecnologia?
O primeiro brilhareco do VAR apareceu logo aos três minutos de partida. Após bola perdida por Élber na intermediária, os argentinos avançaram, tabelaram e Braian Romero abriu o placar. Vagaroso como sempre, mas desta vez tímido, o VAR analisou uma possível saída de bola e, depois de quatro minutos, confirmou o gol.
Só para falar um pouquinho de futebol, nos instantes iniciais o Bahia era totalmente dominado e mal conseguia ir ao campo de ataque. Quando conseguiu, marcou. Aos 15, Gilberto foi lançado por Nino e fez. Porém, ainda discreto, o VAR demorou quatro minutos para anular o lance por impedimento. Logo depois, na terceira intervenção tecnológica, o juiz Guillermo Guerrero foi chamado pela primeira vez ao monitor. Em análise com duração total de quatro minutos, foi marcado pênalti de Anderson Martins em Bou. Aos 25, Romero cobrou e ampliou.
O cenário já estava estranho, mas transformaria-se numa total bizarrice com o que viria a seguir. Gilberto cabeceou e a bola foi interceptada no meio do caminho aos 33 minutos. Aos 36, após ir ao monitor, o juiz voltou atrás da marcação do pênalti. Um minuto depois, foi chamado ao monitor para ver outro toque de mão, agora de Frías. Deu a penalidade e Gilberto diminuiu aos 39
E chegaria a sexta revisão. Aos 44, Guerrero enxergou pênalti por toque de mão de Romero. Teve de ir novamente à telinha, mas pela primeira vez manteve a decisão de campo. Aos 49, Gilberto isolou.
Com 14 minutos de acréscimo, ainda teve tempo para Rossi perder uma boa chance e para uma sétima checagem do VAR, que avaliou possível pênalti para o Bahia. Dessa vez, em menos de um minuto o árbitro de vídeo descartou.
Para o segundo tempo, na esperança de haver mais futebol e menos VAR, o técnico Mano Menezes promoveu duas mudanças: Gabriel Novaes e Rodriguinho substituíram Daniel e Élber.
Aos três minutos, Gilberto parou numa boa defesa do goleiro. Aos cinco, o VAR fez sua única aparição no tempo final. Avaliou possível cartão vermelho direto para o tricolor Edson, mas o amarelo foi mantido.
Porém, seria mesmo a bola a reinar na segunda etapa. Sem tantas intervenções, ela rolou mais e dois gols saíram em contra-ataques. Aos 23, Larralde tocou para Fernández aumentar a vantagem argentina. Doze mimutos depois, Matheus Bahia recebeu de Gabriel Novaes e chutou no ângulo para fazer um golaço. Reação interrompida aí, e o Bahia terá de buscar a reviravolta na semana que vem.
A TARDE
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