Foto: Arquivo A TARDE
Familiares e amigos
se despediram do ex-jogador Thirson Maltez Frost Rêgo, de 69 anos, na tarde
desta quinta-feira, 22. O corpo do ex-atleta do Bahia foi sepultado no
cemitério do Campo Santo, no bairro da Federação, em Salvador, por volta das
16h30.
O ex-ponta direita
morreu nesta manhã no Hospital Santa Izabel, situado em Nazaré, de causa ainda
não confirmada, e deixa mulher e dois filhos. Além de emitir uma nota
lamentando a notícia, o Bahia solicitou um minuto de silêncio na partida da
noite desta quinta, contra o Fluminense, em memória de Thirson.
Estrela do Esquadrão,
ele se destacou na década de 70, especialmente na campanha do heptacampeonato
baiano conquistado pelo Bahia (1973-1979). Jogador rápido e inteligente na
ponta direita do campo, era chamado de 'Chiquitinha', alcunha dada pelo
radialista França Teixeira, segundo Paulo Leandro.
Sua passagem foi
maior pelo Tricolor, entre 1969 e 1976, mas defendeu também as cores de
Ypiranga, Botafogo-BA, Fluminense de Feira, Leônico, América-RJ e Colorado-PR.
Luto no centro da
cidade
Um dos bares mais
tradicionais do Campo Grande não abriu as portas nesta quinta. A morte de
Thirson deixou de luto a torcida e a boemia baiana. A notícia deixou surpresos
e tristes comerciantes vizinhos ao bar nas proximidades do Forte de São Pedro,
mantido pelo ex-camisa 7 desde a sua aposentadoria do futebol, aos 33 anos.
“Eu o conhecia há 36
anos. Quando vim para cá, ele já tinha o bar. Sabia que Thirson tinha problema
de coração, mas é uma surpresa. Vai fazer falta, era um sujeito bom, ajudava as
pessoas carentes. Lamento muito a sua morte. Aqui no Forte de São Pedro todo
mundo gostava dele”, disse o empresário espanhol Benjamin Mendonça Villaverde,
de 55 anos, dono do restaurante Cervantes.
O ex-jogador deixou
pesaroso o tricolor Diego Oliveira, de 36 anos, dono da Padaria Confeitaria
Bahia, que também funciona ao lado do Bar do Tirson (assim, sem 'h', ao
contrário do registro oficial na identidade).
“Ele me conhecia
desde pequeno, há uns 28 anos. Quase todo dia falava com ele. Às vezes, eu
fechava a padaria e ia assistir aos jogos do Bahia com Thirson. Vai fazer
falta”, lamentou Diego.
Para o jornalista,
professor e historiador Paulo Roberto Leandro, o ex-craque do Bahia
representava também uma época mais lúdica do futebol. "Thirson era aquele
ponta direita número 7 que fazia o público se encantar”, pontuou.
“Futebol, naquele
tempo, não era só resultado. Você ia ver Thirson. Era assistir ele entortar o
zagueiro, ir à linha de fundo e cruzar. Ele representa aquele tempo em que o
futebol era estética. Era o 7. Um senhor número 7”, completou.
A TARDE
Nenhum comentário:
Postar um comentário