Foto: Semus/Divulgação
Em 10 anos, o número
de vítimas de ataques de escorpião se multiplicou no Distrito Federal. Em 2007
foram 124 registros de picadas, contra 959 em 2017. Os dados são do Ministério
da Saúde e, no ano passado, representaram uma média de 2,6 casos de ataques por
dia. Nesse período, três pessoas morreram por envenenamento.
Encontrados em áreas
urbanas, os escorpiões se reproduzem com facilidade e costumam se abrigar da
luz escondidos sob pedras, entulhos, material de construção e encanamentos. Na
época chuvosa, costumam sair em busca de alimentos e locais secos.
"Eles vivem o
ano todo dentro de tubulações e galerias pluviais", explica a agente de
Vigilância Ambiental Adeídes de Macêdo. Chefe dos setor na Secretaria de Saúde,
ela explica que com a chuva, esses locais ficam inundados e os animais "se
veem desabrigados".
Outro fator
responsável pelo aumento no número de vítimas (veja gráfico acima), segundo a
pasta, é a intensificação do desmatamento no DF. "A ocupação irregular
também contribui para desabrigar os escorpiões".
No DF, a espécie mais
comum é a amarela, seguido pelo escorpião de patas rajadas e o preto. O
indicado para quem encontra o animal é acionar a Secretaria de Saúde. O contato
deve ser feito por meio do telefone 160.
Casos recentes
Pacientes do Hospital
Regional de Taguatinga (HRT), uma das maiores unidades de saúde pública do
Distrito Federal, se assustaram ao encontrar um escorpião enquanto aguardavam
atendimento nesta segunda-feira (26).
Segundo o paciente
que enviou a imagem ao G1, o aracnídeo foi achado na área do pronto-socorro da
oftalmologia. Ninguém se feriu.
Escorpião encontrado
no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), nesta segunda (26) — Foto: Arquivo
pessoal Escorpião encontrado no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), nesta
segunda (26) — Foto: Arquivo pessoal
Escorpião encontrado
no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), nesta segunda (26) — Foto: Arquivo
pessoal
Em outubro, uma
mulher foi picada por escorpião dentro do Instituto Hospital de Base, também em
Brasília. O acidente aconteceu enquanto ela acompanhava a mãe no pronto-socorro
da cardiologia.
Segundo a Secretaria
de Saúde, a vítima recebeu assistência dos próprios servidores da unidade de
saúde e, depois, foi levada ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
Prevenção
Na natureza, os
escorpiões costumam se alimentar principalmente de baratas, grilos e cupins,
mas podem sobreviver longos períodos sem comida e sem água.
Para evitar a
aproximação deles, a Vigilância Ambiental recomenda fazer o controle desses
insetos e tomar medidas que impeçam o acesso dentro de casa.
Veja recomendações
abaixo:
Instalar proteção em
ralos e tomadas da casa,
Nao deixar frestas
nas paredes e muros;
Colocar proteção
embaixo da porta e
Evitar o acúmulo de
restos de materiais de construção
E em caso de picada?
Segundo
especialistas, a orientação é lavar o local da picada com água corrente, sabão
e, logo em seguida, procurar a emergência médica. "Se a pessoa tiver
segurança, pode coletar o animal e entregar à equipe para identificação",
explica Adeídes.
O tratamento depende
dos sintomas que o paciente apresenta. Na maioria dos casos, o tratamento é
voltado para controlar a dor, e as medicações utilizadas dependem da
intensidade do incômodo.
Em alguns casos não
há necessidade de administrar o antiveneno (o soro específico). Somente quando
o paciente apresenta as manifestações sistêmicas – vômitos, suor pelo corpo,
falta de ar ou aumento dos batimentos cardíacos – o antiveneno é indicado.
G1
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