As taxas de suicídio
tendem a aumentar durante os meses com temperaturas acima da média, de acordo
com um novo estudo publicado na segunda-feira (23), e publicado pela revista
TIME, que apresenta um novo entendimento acerca da potencial ligação entre as
alterações climáticas e a saúde mental.
O artigo científico
foi publicado no jornal Nature Climate Change, e analisou os dados relativos a
milhares de áreas residenciais nos Estados Unidos e no México, durante várias
décadas. A pesquisa apurou que quando as temperaturas subiam pelo menos um grau
centígrado acima da média, em dado mês, a taxa de suicídios subia em quase 0,7%
nos EUA e em 2,1% no México.
A análise dos
pesquisadores que incidiu ainda sobre aquilo que apelidaram de “linguagem
depressiva” entre 600 milhões de usuários de redes sociais, sugeriu que em
geral o estado de saúde mental dos indivíduos deteriorava-se nesses períodos
nos quais se registravam temperaturas mais elevadas.
Os cientistas, que
tiveram em conta outros fatores ao examinarem essa possível conexão entre a
temperatura e a incidência de suicídios, concluíram que “As taxas de suicídios,
tanto num país desenvolvido como noutro em vias de desenvolvimento estão
solidamente associadas às temperaturas locais”.
Os autores da
pesquisa preveem que as “alterações climáticas não mitigadas”, possam resultar
entre nove mil a 40 mil suicídios nos Estados Unidos e no México, já nas
próximas três décadas. Pesquisas anteriores já tinham indicado a existência de
uma relação determinista entre as alterações climáticas e o aumento de problemas
e de doenças mentais.
Estima-se que a
temperatura global do Planeta Terra venha a aumentar em mais de dois graus
centígrados até o final do século.
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