quarta-feira, 25 de julho de 2018

Professores realizam assembleia após novo impasse com a prefeitura


Após mais uma rodada sem acordo entre a prefeitura de Salvador e os professores na noite desta terça-feira, 24, os docentes da rede municipal de ensino se reuniram em assembleia na manhã desta quarta, 25, no ginásio dos Bancários, na ladeira dos Aflitos, para discutir os rumos da greve que chega ao 15º dia.

De acordo com Flávia Souza, uma das dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), a categoria chegou em consenso durante a última assembleia para a contra-proposta de 6,8% de reajuste salarial.

"Nós oferecemos ontem (terça) esta contra-proposta de 6,8% de reajuste linear e 2,5% de referência, mas eles não aceitaram. Eles querem dar reajuste zero", disse Flávia. A negociação começou por volta das 18h30 e foi finalizada por volta das 22h20. Durante o período da reunião, os professores ficaram em vigília em frente à Secretaria de Gestão da cidade (Semge), nos Barris.

Uma nova rodada está previsa ainda para esta quarta, mas, segundo Flávia, a prefeitura teria solicitado apenas um representante da direção do sindicato. "Nós não vamos aceitar isso. Só haverá reunião se for com os quatro diretores (Elza Melo, Clarisse Perreira, Marcos Ferreira e Flávia Souza). Estamos aguardando a ligação da prefeitura sobre isso", afirmou a dirigente.

A Secretaria Municipal de Educação foi procurada, mas ainda não se posicionou sobre as situações mencionadas pelos professores.

Caminhada

Após a assembleia no ginásio dos bancários, os docentes fazem uma nova caminhada pela Cidade Baixa. Ele já passaram pela avenida Contorno e seguem para a Praça Cayru, no Comércio. Eles farão um abraço simbólico no Mercado Modelo.

ACM Neto afirma que só irá conversar com APLB após fim da greve

O prefeito comentou nesta quarta-feira que o acordo só será realizado após o fim da greve. "Já disse que estou pronto para dialogar com o sindicato e discutir o futuro porque sei que existem distorções de lado a lado que precisam ser corrigidas em benefício dos professores, dos aposentados e da própria Prefeitura. Mas não vou conversar sob ameaça de um movimento estritamente partidário", declarou ACM Neto.

A proposta da prefeitura é de 2,5% de reajuste. Segundo informações da Secretaria Municipal de Gestão (Semge), cerca de 15% dos professores terão pontos cortados por faltas ao trabalho.



AT

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